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sábado, 30 de maio de 2009

Incentivar a capacidade crítica dos jovens, pede cardeal

Arquidiocese de São Paulo discutiu novas tecnologias
SÃO PAULO, quinta-feira, 29 de maio de 2009 (ZENIT.org).
O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, afirmou que se deve incentivar o potencial de discernimento dos jovens, para que eles tenham critério na hora de utilizar as novas tecnologias.
“Os jovens, no fundo, têm uma capacidade de autocrítica, de bom senso e não são tão manipuláveis como máquinas”, afirmou o cardeal, durante mesa-redonda realizada no dia 23 de maio no Colégio Marista Arquidiocesano, em comemoração do Dia Mundial das Comunicações Sociais (24 de maio).
“Todos, Igreja e educadores, devem despertar e incentivar a capacidade critica dos jovens para que eles possam discernir sobre os mecanismos de manipulação, de imposição de determinadas ideologias”, explicou Dom Odilo, segundo informa a CNBB.
Na mesa-redonda sobre as novas relações surgidas especialmente por meio da internet, participaram também a professora do Departamento de Antropologia da PUC-SP Sílvia Helena Simões Borelli e o professor, doutor e jornalista do jornal O Estado de São Paulo Carlos Alberto Di Franco.
A professora Silvia Borelli destacou a “capacidade de simultaneidade” dos jovens, algo que os adultos não têm com a mesma facilidade, pois “foram educados para realizar tarefas por alternância”.
Os jovens podem, ao mesmo tempo, “estar lendo algo na internet, falando ao celular, assistindo à televisão e ouvindo música. Esse é um detalhe que os adultos precisam estudar para lidar com a juventude”.
A professora apontou ainda que as novas tecnologias estão produzindo “novos excluídos, as antigas gerações que por não saberem operar as novas tecnologias são alijadas das novas relações” afirmou.
Já o jornalista Carlos Alberto Di Franco destacou que a tecnologia pode trazer grandes benefícios para a sociedade, mas também pode ser uma arma contra a cidadania e a democracia.
“A internet é um notável canal de democratização do conhecimento, pois, hoje, qualquer um pode acessar as bibliotecas dos grandes países, pode interagir, conversar com pessoas do mundo da ciência e da cultura, da música, por exemplo”, disse.
No entanto, “pode ser uma via quase impune para disseminação da pornografia, do racismo, da violência, do ódio. Não existe uma legislação que puna esses crimes”, afirmou Di Franco.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

PERSEGUIÇÃO ÀS LIDERANÇAS DA COMUNIDADE CAMILO TORRES

O Secretário da Regional Barreiro, Senhor Leonardo Couto, ordenou à Diretora da Escola Municipal Luiz Gonzaga Junior que efetuasse o desligamento arbitrário do companheiro Lacerda Santos Amorim da Coordenação do Projeto Escola Aberta¹ naquela unidade educacional. Da mesma forma, a companheira Dayse Antonia França foi exonerada do Distrito Sanitário do Barreiro (Zoonoses) sem qualquer justificativa².

Entenda o caso:

Lacerda e Dayse são destacadas lideranças da Comunidade Camilo Torres e participaram ativamente do processo de negociação com a Regional Barreiro quanto à fração pública do terreno, ocupada desde 2008.

Ao longo desse processo de negociação, os dois companheiros, assim como os demais representantes da Comunidade, se mostraram firmes nas reivindicações e não se deixaram capitular pelas artimanhas do Senhor Leonardo Couto. Esse senhor, na última reunião realizada no dia 14 de maio, chegou a oferecer bolsa aluguel às famílias durante 90 dias (!) para sair pacificamente do terreno e permitir a demolição dos seus lares.

Obviamente, as lideranças refutaram a proposta imoral após obter o respaldo da comunidade que votou consensualmente em assembléia para negar o acordo. Mas, graças ao trabalho da brava Comissão Jurídica, integrada por Advogados Populares e Defensores Públicos, pela segunda vez, a ordem de despejo foi provisoriamente suspensa.

Em função disso, como forma de retaliar e perseguir as lideranças da comunidade, o Senhor Leonardo Couto, ordenou o desligamento ilegal do companheiro Lacerda e da companheira Dayse, sem qualquer motivação justa e sem assegurar o direito à ampla defesa.
Perseguição documentada:

No caso do companheiro Lacerda, a simplicidade do ofício dirigido à diretoria da escola deixa manifesto a arbitrariedade do ato exarado pelo Senhor Leonardo Couto.

Assim diz:

"Solicitamos que o Senhor Lacerda dos Santos Amorim seja desligado da função de coordenador da Escola Aberta desta escola" (doc 01 - em anexo)

Pressionada pelo manditismo político, a Diretora da Escola Luiz Gonzaga Júnior cumpriu a ordem do Senhor Secretário da Regional Barreiro. Entretanto, fez constar na Portaria que foi publicada sua contrariedade ao ato autoritário que se viu obrigada a cumprir:

"Declaramos que nesta data estamos desligando da função de coordenador da Escola Aberta desta escola o Sr. Lacerda dos Santos Amorim, atendendo solicitação do Sr. Leonardo Couto - Secretário de Administração Regional Municipal Barreiro. Declaramos também que nestes três anos de coordenação do projeto o Sr. Lacerda executou com competência, dedicação e legitimidade as tarefas a ele atribuídas, de forma voluntária" (doc 02 - em anexo)

Importante dizer ainda que, segundo informações obtidas com servidores da própria Regional Barreiro, a ordem do Senhor Leonardo Couto foi autorizada pelo Senhor Prefeito Márcio Lacerda. Isso reflete a política autoritária de todo um governo que se fecha ao diálogo e reprime aqueles que não se deixam cooptar.

"Não se deixar cooptar, não se deixar liquidar e garantir vitórias para o povo" - Florestan Fernandes
Medidas a serem tomadas:

Diante deste lamentável episódio, além de denunciar o fato a toda sociedade mineira, vamos estudar junto à Comissão Jurídica da Comunidade Camilo Torres os mecanismos judiciais para reverter esse quadro e para condenar o responsável direto pelo ato: o Secretário Administrativo da Regional Barreiro, Senhor Leonardo Couto.

Paralelamente, fortaleceremos a nossa Comunidade e nossa luta para os dias de perseguição, truculência e medo que a Prefeitura quer nos impor.

Contamos com a solidariedade de tod@s que, como nós, querem ocupar corações e mentes para construção de uma nova cidade!


"Onde morreu Camilo,
nasceu uma cruz
Não de madeira,
mas sim de luz"
Victor Jara
FORUM DE MORADIA DO BARREIRO - - BRIGADAS POPULARES -

· Referências:
1 - Projeto Escola Aberta, é um projeto financiado com recursos da UNESCO, organizado pelo Governo Federal, e aderido pelos Estados e Municipios. Os Coordenadores e oficineiros são pessoas da comunidade que trabalham de forma voluntária recebendo apenas ajuda para custeio de alimentação e deslocamento. É exigido como requisitos para ser voluntário desse Projeto ser morador da comunidade, não ter vinculo empregaticio com a escola e o Municipio. No caso do Coordenador o mesmo deve cumprir os requisitos acima citados e ser de confiança da comunidade e do colegiado escolar. 2 - A compaheira Dayse Antonia França trabalhava no Bairro Tirol como contratada e estava a espera da efetivação no cargo, pois a mesma havia sido classificada no concurso publico. Agora, dois meses antes do termino do contrato, a mesma foi demitida como resposta ao seu engajamento na defesa dos direitos da Comunidade Camilo Torres.
Recebido por e-mail

Mutirão da Comunicação - América Latina e Caribe

Estão abertas as inscrições para o Mutirão da Comunicação - América Latina e Caribe - Muticom, que acontecerá de 12 a 17 de julho, em Porto Alegre, com o tema: “Processos de Comunicação e Cultura Solidária”.
O objetivo do mutirão é promover um espaço de diálogo sobre os processos de comunicação, à luz de uma cultura solidária, para a construção de uma sociedade comprometida com a justiça, a liberdade e a paz.
O Muticom também quer suscitar questionamentos como: “Que comunicação queremos?”; “Que desafios têm os atuais e futuros/as comunicadores/as?”; “Qual o papel dos meios de comunicação na construção de uma sociedade mais justa, humana e solidária”.
Durante o evento serão trabalhados os eixos temáticos: 1) Novos cenários políticos e sociais latino-americanos e os processos de comunicação. 2) Economia e comunicação na era digital. 3) Comunicação no diálogo das culturas.
O sentido da proposta:
O Mutirão de Comunicação – América Latina e Caribe pretende ser uma vivência de comunicação na qual todos/as participantes mostrem suas experiências e saberes para enriquecimento mútuo e produção de novos conhecimentos coletivos.
A idéia é que essas experiências gerem um diálogo de práticas comunicacionais na sociedade brasileira, latino-americana e caribenha, orientadas para uma sociedade justa, livre e em paz.
É também um processo de mobilização e reflexão para o intercâmbio em toda a América Latina e Caribe, desde a convocação até o encontro presencial em Porto Alegre, em julho de 2009.
A participação é aberta a todos/as que se sintam chamados/as e motivados/as a contribuir, ainda que não estejam diretamente ligados aos meios de comunicação, mas que compreendam a importância do tema para a sociedade atual. Inscrições e informações: www.muticom.org.
Clique e baixe a Cartilha do Mutirão da Comunicação



Fonte: Casa da juventude

Corte da Califórnia confirma proibição do casamento homossexual

A decisão respeita os direitos dos eleitores
SAN FRANCISCO, quarta-feira, 27 de maio de 2009 (ZENIT.org).- A Corte Suprema da Califórnia confirmou nesta terça-feira os resultados de um referendum popular que proíbe os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Em uma sentença de 186 páginas, a maioria do Tribunal pede que se aplique a consulta popular realizada em 4 de novembro, que reconhecia o casamento como a união exclusiva entre um homem e uma mulher.
A decisão desta terça-feira foi acolhida como “o encerramento de anos de duro trabalho para preservar o casamento na Califórnia”, segundo um comunicado de Andrew Pugno, conselheiro geral de protectmarriage.com.
Pugno explica que “milhares de voluntários trabalharam com diligência para defender a instituição do casamento”.
“Em duas ocasiões, os eleitores decidiram que o casamento na Califórnia deve ser apenas entre um homem e uma mulher”, explicou.
E acrescentou: “Estamos muito satisfeitos de que a Corte Suprema tenha reconhecido os direitos dos eleitores de definir o casamento na Constituição da Califórnia; os eleitores decidiram isso e suas opiniões devem ser respeitadas”.
Em 2000, os californianos votaram para manter o casamento entre um homem e uma mulher.
Mas em maio do ano passado, o alto tribunal anulou esse voto e aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Cerca de 18 mil casais homossexuais aproveitaram rapidamente as vantagens da nova prerrogativa.
Então, os cidadãos da Califórnia apoiaram votar novamente essa questão no mês de novembro. Com pouco mais de 52% dos votos, o casamento homossexual voltou a ser ilegal na Califórnia.
Essa medida foi conhecida como Proposição 8 e se acrescentou a seguinte cláusula à Constituição da Califórnia: “Só o casamento entre um homem e uma mulher é válido e reconhecido na Califórnia”.
Contudo, um grupo de ativistas conseguiu levar esta questão à Corte Suprema da Califórnia, alegando que a proibição precisava de aprovação legislativa antes de ser acrescentada à Constituição.
A decisão judicial desta terça-feira reafirma a proibição, ainda que não “desfaz” os “casamentos” dos 18 mil casais homossexuais selados entre maio e novembro.
Atualmente, há cinco Estados nos Estados Unidos que reconhecem o casamento homossexual: Iowa, Maine, Vermont, Massachusetts e Connecticut.

Fonte: Zenit

Papa apresenta exemplo de São Felipe Néri aos jovens

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 27 de maio de 2009 (ZENIT.org).
Bento XVI apresentou nesta quarta-feira o exemplo de São Felipe Néri, recordado no dia anterior pela liturgia, em particular aos jovens, doentes e recém-casados.
Ao despedir-se dos peregrinos que participaram da audiência geral desta quarta-feira na Praça de São Pedro, o pontífice se dirigiu de maneira especial aos jovens para recordar que o santo, conhecido como o apóstolo de Roma, que viveu entre os anos 1515 e 1595, “distinguiu-se por sua alegria e sua entrega aos pobres e doentes, especialmente à juventude”.
“Queridos jovens, aprendei deste santo a viver com simplicidade evangélica”, disse o Papa os rapazes e moças presentes, alguns deles em viagem de fim de ano escolar.
Logo depois se dirigiu aos doentes para desejar que “São Felipe Néri vos ajude a fazer de vosso sofrimento uma oferenda ao Pai Celestial, em união com Jesus Crucificado”.
Por último, saudou os recém-casados, alguns deles presentes com sua roupa de casamento, para exortá-los “a construir famílias iluminadas pela sabedoria evangélica”, “apoiados pela intercessão” de São Felipe.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVIPARA O 43º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

"Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade."

24 de Maio de 2009

Amados irmãos e irmãs,

Aproximando-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais, é com alegria que me dirijo a vós para expor-vos algumas minhas reflexões sobre o tema escolhido para este ano: Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade. Com efeito, as novas tecnologias digitais estão a provocar mudanças fundamentais nos modelos de comunicação e nas relações humanas. Estas mudanças são particularmente evidentes entre os jovens que cresceram em estreito contacto com estas novas técnicas de comunicação e, consequentemente, sentem-se à vontade num mundo digital que entretanto para nós, adultos que tivemos de aprender a compreender e apreciar as oportunidades por ele oferecidas à comunicação, muitas vezes parece estranho. Por isso, na mensagem deste ano, o meu pensamento dirige-se de modo particular a quem faz parte da chamada geração digital: com eles quero partilhar algumas ideias sobre o potencial extraordinário das novas tecnologias, quando usadas para favorecerem a compreensão e a solidariedade humana. Estas tecnologias são um verdadeiro dom para a humanidade: por isso devemos fazer com que as vantagens que oferecem sejam postas ao serviço de todos os seres humanos e de todas as comunidades, sobretudo de quem está necessitado e é vulnerável.
A facilidade de acesso a telemóveis e computadores juntamente com o alcance global e a omnipresença da internet criou uma multiplicidade de vias através das quais é possível enviar, instantaneamente, palavras e imagens aos cantos mais distantes e isolados do mundo: trata-se claramente duma possibilidade que era impensável para as gerações anteriores. De modo especial os jovens deram-se conta do enorme potencial que têm os novos «media» para favorecer a ligação, a comunicação e a compreensão entre indivíduos e comunidade, e usam-nos para comunicar com os seus amigos, encontrar novos, criar comunidades e redes, procurar informações e notícias, partilhar as próprias ideias e opiniões. Desta nova cultura da comunicação derivam muitos benefícios: as famílias podem permanecer em contacto apesar de separadas por enormes distâncias, os estudantes e os investigadores têm um acesso mais fácil e imediato aos documentos, às fontes e às descobertas científicas e podem por conseguinte trabalhar em equipa a partir de lugares diversos; além disso a natureza interactiva dos novos «media» facilita formas mais dinâmicas de aprendizagem e comunicação que contribuem para o progresso social.
Embora seja motivo de maravilha a velocidade com que as novas tecnologias evoluíram em termos de segurança e eficiência, não deveria surpreender-nos a sua popularidade entre os utentes porque elas respondem ao desejo fundamental que têm as pessoas de se relacionar umas com as outras. Este desejo de comunicação e amizade está radicado na nossa própria natureza de seres humanos, não se podendo compreender adequadamente só como resposta às inovações tecnológicas. À luz da mensagem bíblica, aquele deve antes ser lido como reflexo da nossa participação no amor comunicativo e unificante de Deus, que quer fazer da humanidade inteira uma única família. Quando sentimos a necessidade de nos aproximar das outras pessoas, quando queremos conhecê-las melhor e dar-nos a conhecer, estamos a responder à vocação de Deus - uma vocação que está gravada na nossa natureza de seres criados à imagem e semelhança de Deus, o Deus da comunicação e da comunhão.
O desejo de interligação e o instinto de comunicação, que se revelam tão naturais na cultura contemporânea, na verdade são apenas manifestações modernas daquela propensão fundamental e constante que têm os seres humanos para se ultrapassarem a si mesmos entrando em relação com os outros. Na realidade, quando nos abrimos aos outros, damos satisfação às nossas carências mais profundas e tornamo-nos de forma mais plena humanos. De facto amar é aquilo para que fomos projectados pelo Criador. Naturalmente não falo de relações passageiras, superficiais; falo do verdadeiro amor, que constitui o centro da doutrina moral de Jesus: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças» e «amarás o teu próximo como a ti mesmo» (cf. Mc 12, 30-31). Reflectindo, à luz disto, sobre o significado das novas tecnologias, é importante considerar não só a sua indubitável capacidade de favorecer o contacto entre as pessoas, mas também a qualidade dos conteúdos que aquelas são chamadas a pôr em circulação. Desejo encorajar todas as pessoas de boa vontade, activas no mundo emergente da comunicação digital, a que se empenhem na promoção de uma cultura do respeito, do diálogo, da amizade.
Assim, aqueles que operam no sector da produção e difusão de conteúdos dos novos «media» não podem deixar de sentir-se obrigados ao respeito da dignidade e do valor da pessoa humana. Se as novas tecnologias devem servir o bem dos indivíduos e da sociedade, então aqueles que as usam devem evitar a partilha de palavras e imagens degradantes para o ser humano e, consequentemente, excluir aquilo que alimenta o ódio e a intolerância, envilece a beleza e a intimidade da sexualidade humana, explora os débeis e os inermes.
As novas tecnologias abriram também a estrada para o diálogo entre pessoas de diferentes países, culturas e religiões. A nova arena digital, o chamado cyberspace, permite encontrar-se e conhecer os valores e as tradições alheias. Contudo, tais encontros, para ser fecundos, requerem formas honestas e correctas de expressão juntamente com uma escuta atenciosa e respeitadora. O diálogo deve estar radicado numa busca sincera e recíproca da verdade, para realizar a promoção do desenvolvimento na compreensão e na tolerância. A vida não é uma mera sucessão de factos e experiências: é antes a busca da verdade, do bem e do belo. É precisamente com tal finalidade que realizamos as nossas opções, exercitamos a nossa liberdade e nisso - isto é, na verdade, no bem e no belo - encontramos felicidade e alegria. É preciso não se deixar enganar por aqueles que andam simplesmente à procura de consumidores num mercado de possibilidades indiscriminadas, onde a escolha em si mesma se torna o bem, a novidade se contrabandeia por beleza, a experiência subjectiva sobrepõem-se à verdade.
O conceito de amizade logrou um renovado lançamento no vocabulário das redes sociais digitais que surgiram nos últimos anos. Este conceito é uma das conquistas mais nobres da cultura humana. Nas nossas amizades e através delas crescemos e desenvolvemo-nos como seres humanos. Por isso mesmo, desde sempre a verdadeira amizade foi considerada uma das maiores riquezas de que pode dispor o ser humano. Por este motivo, é preciso prestar atenção a não banalizar o conceito e a experiência da amizade. Seria triste se o nosso desejo de sustentar e desenvolver on-line as amizades fosse realizado à custa da nossa disponibilidade para a família, para os vizinhos e para aqueles que encontramos na realidade do dia a dia, no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres. De facto, quando o desejo de ligação virtual se torna obsessivo, a consequência é que a pessoa se isola, interrompendo a interacção social real. Isto acaba por perturbar também as formas de repouso, de silêncio e de reflexão necessárias para um são desenvolvimento humano.
A amizade é um grande bem humano, mas esvaziar-se-ia do seu valor, se fosse considerada fim em si mesma. Os amigos devem sustentar-se e encorajar-se reciprocamente no desenvolvimento dos seus dons e talentos e na sua colocação ao serviço da comunidade humana. Neste contexto, é gratificante ver a aparição de novas redes digitais que procuram promover a solidariedade humana, a paz e a justiça, os direitos humanos e o respeito pela vida e o bem da criação. Estas redes podem facilitar formas de cooperação entre povos de diversos contextos geográficos e culturais, consentindo-lhes de aprofundar a comum humanidade e o sentido de corresponsabilidade pelo bem de todos. Todavia devemo-nos preocupar por fazer com que o mundo digital, onde tais redes podem ser constituídas, seja um mundo verdadeiramente acessível a todos. Seria um grave dano para o futuro da humanidade, se os novos instrumentos da comunicação, que permitem partilhar saber e informações de maneira mais rápida e eficaz, não fossem tornados acessíveis àqueles que já são económica e socialmente marginalizados ou se contribuíssem apenas para incrementar o desnível que separa os pobres das novas redes que se estão a desenvolver ao serviço da informação e da socialização humana.
Quero concluir esta mensagem dirigindo-me especialmente aos jovens católicos, para os exortar a levarem para o mundo digital o testemunho da sua fé. Caríssimos, senti-vos comprometidos a introduzir na cultura deste novo ambiente comunicador e informativo os valores sobre os quais assenta a vossa vida. Nos primeiros tempos da Igreja, os Apóstolos e os seus discípulos levaram a Boa Nova de Jesus ao mundo greco-romano: como então a evangelização, para ser frutuosa, requereu uma atenta compreensão da cultura e dos costumes daqueles povos pagãos com o intuito de tocar as suas mentes e corações, assim agora o anúncio de Cristo no mundo das novas tecnologias supõe um conhecimento profundo das mesmas para se chegar a uma sua conveniente utilização. A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste «continente digital». Sabei assumir com entusiasmo o anúncio do Evangelho aos vossos coetâneos! Conheceis os seus medos e as suas esperanças, os seus entusiasmos e as suas desilusões: o dom mais precioso que lhes podeis oferecer é partilhar com eles a «boa nova» de um Deus que Se fez homem, sofreu, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade. O coração humano anseia por um mundo onde reine o amor, onde os dons sejam compartilhados, onde se construa a unidade, onde a liberdade encontre o seu significado na verdade e onde a identidade de cada um se realize numa respeitosa comunhão. A estas expectativas pode dar resposta a fé: sede os seus arautos! Sabei que o Papa vos acompanha com a sua oração e a sua bênção.

Rádio Vaticano terá anúncios publicitários

Apresenta-se o primeiro anunciante, a companhia elétrica italiana ENEL
Por Antonio Gaspari

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 26 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Ainda que nunca os tenha condenado, pela primeira vez em sua história de 80 anos, a Rádio Vaticano decidiu transmitir anúncios publicitários, anunciou nesta terça-feira o diretor da emissora pontifícia, o Pe. Federico Lombardi S.J., em uma coletiva de imprensa realizada na sede central.
A abertura da rádio do Papa à publicidade “não é uma novidade, mas uma notícia”, disse o Pe. Lombardi, explicando que não se darão mudanças nos fins da emissora, dedicada à difusão das palavras e das atividades do pontífice e de seu magistério.
Certamente, a introdução de propagandas mudará alguns formato, mas não implica em nenhuma mudança nos conteúdos dos diferentes idiomas, advertiu o sacerdote, que também é diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
Boa parte da publicidade será transmitida no canal de frequência modulada de Roma (Fm 105 MHZ), conhecido com o nome One-O-Five Live (http://www.radiovaticana.org/105/index.asp)
Na coletiva de imprensa, interveio também o presidente da ENEL, a principal empresa italiana de energia elétrica, Pietro Gnudi, para anunciar que a instituição que representa será o primeiro anunciante na Rádio Vaticano.
De 6 de julho a 27 de setembro, a Rádio Vaticano transmitirá 300 vezes um anúncio da ENEL, realizado em cinco idiomas (italiano, inglês, francês e alemão). Segundo explicou, esta empresa se encontra presente em 22 países, com 60 milhões de clientes.
Gnudi explicou que o primeiro motivo que convenceu a ENEL para comprar publicidade na Rádio Vaticano é precisamente o caráter internacional da emissora, única no mundo.
Ao mesmo tempo, reconheceu que é uma honra difundir a mensagem da ENEL na Rádio Vaticano, pois ambas as instituições compartilham valores que vão muito além dos lucros dos investidores.
O bispo Renato Boccardo, secretário-geral da Cidade do Vaticano, reconheceu sua esperança nas possibilidades que esta iniciativa implica para a Rádio Vaticano, recordando que o Vaticano tem um acordo com a ENEL para a restauração da colunata de Bernini na Praça de São Pedro.
Até agora, a Rádio Vaticano não tinha entradas econômicas, dependendo da Santa Sé para seu financiamento.
Na coletiva de imprensa, também interveio Egidio Maggioni, presidente de MAB.q, a agência encarregada pela Rádio Vaticano para a busca de publicidade, que agradeceu a confiança recebida.
À pergunta de Zenit sobre a dimensão deste primeiro acordo econômico entre a ENEL e a Rádio Vaticano, Maggioni respondeu genericamente: “Milhares de euros”, sem detalhar a quantia.
Várias fontes falaram de um acordo que oscila entre 60 e 80 mil euros para este primeiro lançamento de anúncios da ENEL.
Respondendo a um jornalista, o Pe. Lombardi recordou que o balanço anual da Rádio Vaticano gira em torno de 20 milhões de euros e que nos primeiros seis meses o projeto espera arrecadar cerca de 200 mil euros.
A Rádio Vaticano transmite seus programas em 45 idiomas.

Fonte Zenit.

IV Centenário de Galileu relança diálogo entre fé e ciência - Congresso sobre o astrônomo em Florença com participação vaticana

Por Carmen Elena Villa
FLORENÇA, terça-feira, 26 de maio de 2009 (ZENIT.org).
A basílica da Santa Cruz em Florença, onde se encontra o túmulo de Galileu Galilei, converteu-se no cenário da inauguração do congresso internacional “O caso Galileu, uma releitura filosófica, teológica e histórica”, do qual participa a Santa Sé.
O evento é uma iniciativa da fundação Niels Stensen, da Companhia de Jesus, por ocasião da celebração do Ano da Astronomia declarado pela UNESCO por ocasião da invenção, há 400 anos, do telescópio de Galileu. Sua inauguração se realizou com a presença do presidente da República da Itália, Giorgio Napolitano.
À organização deste congresso se uniram 18 instituições nacionais e internacionais, entre elas o Conselho Pontifício para a Cultura, a Academia Pontifícia das Ciências e o Observatório Astronômico Vaticano.
O congresso conta com 33 expositores, entre historiadores, teólogos e cientistas. Dentro dos temas que se discutirão está a condenação da doutrina de Copérnico em 1616 e o processo a Galileu de 1633; a gênese do “Caso Galileu” na Itália, França e Inglaterra do século XVII; a história deste caso antes do Iluminismo e depois no século XIX (na idade do Positivismo); e por último, do século XX até a atualidade.
Galileu, a Igreja e a história
Sobre o tema, o arcebispo de Florença, Dom Giuseppe Betori, assegurou que a história leu durante séculos o “Caso Galileu” com uma “trágica e recíproca incompreensão” e um “doloroso mal-entendido”. Suas declarações foram publicadas hoje, terça-feira, no jornal vaticano L’Osservatore Romano.
O prelado indicou que esta má interpretação mostra erradamente uma “oposição constitutiva entre a ciência e a razão”.
“Espero que este evento mostre que esta opinião não tem fundamentos”, disse. E indicou que espera que a celebração do Ano da Astronomia permita “reiniciar” e voltar a apresentar de maneira criativa o diálogo fundamental que se dá entre a fé e a razão, a partir da perspectiva de uma permanente colaboração entre a Igreja e as instituições de pesquisa científica, de desenvolvimento econômico e de promoção social”.
“A fé não cresce com a rejeição da racionalidade, mas se integra em um horizonte de racionalidade mais amplo”, indicou o prelado.
Dom Betori assegurou que quando a razão se separa da fé, dá-se o risco “de ser reduzida a um cálculo e a uma exclusiva valorização de conflitos de interesse”. Deste modo, “com frequência desconhece ou permanece cega diante dos interrogantes vitais, dos valores fundamentais e das dramáticas situações humanas”.
Estabelecer um diálogo entre fé e ciência
Por este motivo, o diálogo entre fé e ciência deve continuar. “A natureza, sumamente complexa e, às vezes, inédita nos problemas éticos, sociais e políticos suscitados pelos rápidos desenvolvimentos da pesquisa científica e das aplicações tecnológicas contemporâneas no âmbito de um crescente processo de globalização e interdependência econômica, exige a liberdade interior e a boa vontade da parte de todos, crentes e não-crentes.”
Segundo o arcebispo de Florença, este ato acadêmico “não tem apenas um elevado valor cultural e simbólico, mas mostra que se dão condições para um compartilhar construtivo de responsabilidades, na consciência dos respectivos papéis e tarefas”.
O evento de encerramento será realizado em 30 de maio na Villa il Gioiello, em Arcetri, Florença, a última casa onde Galileu morou. Lá, alguns acadêmicos discutirão sobre Galileu na contemporaneidade, a relação com a Igreja e as perspectivas da pesquisa biotecnocientífica.
Igualmente, por ocasião da celebração do Ano da Astronomia, estão organizando em Florença alguns eventos cinematográficos, culturais e teatrais.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Igreja na época do Facebook: comunicar no virtual o substancial

Reflexão do Pe. Federico Lombardi
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 25 de maio de 2009 (ZENIT.org).
O atual desafio da Igreja na época do Facebook e do Twitter consiste em apresentar a profunda mensagem de Jesus sem deixar-se atrair pelos aspectos superficiais, considera o porta-voz da Santa Sé.
O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, oferece esta reflexão no último editorial deOctava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, por ocasião da Jornada Mundial das Comunicações Sociais, celebrada neste domingo, que tem por tema, segundo dispôs o Papa em sua mensagem, “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade”.
“Bento XVI – ou melhor B16, como costuma ser chamado neste mundo particular –dirige-se antes de tudo aos jovens, à denominada ‘geração digital’, animando-a no desafio de viver seu próprio crescimento e seu próprio compromisso humano e espiritual, também na dimensão comunicativa, caracterizada pelas novas tecnologias.”
Tal dimensão ocupa muito espaço na vida da “geração digital” (os que cresceram com os novos meios de comunicação), recorda o Pe. Lombardi, algo que implica a necessidade de acompanhar os jovens na inculturação do Evangelho no mundo das novas tecnologias.
“Também neste campo, a fé cristã deve ser ‘inculturada’, presente como anúncio e estilo de vida e de relações. Ainda que não seja fácil. O risco de limitar-se ao jogo, de perder tempo, de fugir da realidade e de ficar no superficial é grande.”
“Por sua parte, B16, quando fala aos jovens, por exemplo nas Jornadas Mundiais da Juventude, insiste em querer comunicar à juventude conteúdos firmes, consistentes e articulados, que requerem empenho para ser assimilados, ainda antes de ser traduzidos na vida de cada dia.”
Portanto, pergunta-se o Pe. Lombardi, “fazer passar o substancial por meio do virtual é um grande desafio. Nossos jovens conseguirão? Conseguiremos acompanhá-los nesta aventura? Verdadeiramente, esperamos que sim”.
“Mas não devemos ser vítimas da fascinação dos extraordinários êxitos tecnológicos, devemos continuar distinguindo possibilidades e limites – adverte. E prosseguir buscando, ao mesmo tempo, a profundidade do sólido terreno da relação vital com Deus e com os demais, para edificar verdadeiramente uma cultura de respeito, de diálogo e de amizade.”

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pastoral da Juventude de Criciúma realiza mobilização contra a redução da maior idade penal

A Pastoral da Juventude da diocese de Criciúma (SC) se posiciona contra o Projeto de Rebaixamento da Idade Penal que está tramitando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O Projeto visa reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos.
“Sabemos que o sistema penitenciário brasileiro não tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência, ao contrário, têm demonstrado ser uma escola do crime e que as infrações cometidas por adolescentes não atingem 10% do total das praticadas no Brasil. Por isso, a Pastoral da Juventude quer exercer a cidadania, informando a sociedade sobre as questões que envolvem a redução da maior idade penal, manifestando sua posição e ajudando os cidadãos a formarem opinião sobre o tema. Queremos deixar claro que existem penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a aplicação de medidas sócioeducativas e que todos precisam conhecer e exigir que essas leis sejam cumpridas”, explica o representante da Pastoral da Juventude, Gláucio Mota.
A mobilização se dará em dois momentos:
Capacitação sobre o temaDia: 23/05/2009
Local: Auditório do Colégio Marista
Horário: 08h30 às 12h
Ministrante: Promotora Vera Lúcia
Ato PúblicoDia: 06/06/2009
Local: em frente à Catedral São José – Criciúma
Horário: 09h

Fonte: CNBB

PAZ, INCÓGNITA DA JUVENTUDE OU ZOAÇÃO NAS HAPPIES HOURS?

A juventude busca a paz em meio a agitação a que expressa seu estado de espírito, seu jeito de ser.


Na vida, a juventude é a fase mais rápida e cheia de mudanças que se tem; ela reflete o momento de sua época. Algumas descobertas foram feitas e um montão de outras ainda estão por vir. É tempo de decisão. É preciso descobrir que rumo dar a vida no sentido profissional. E como é difícil decidir por essa profissão e não por aquela! Um ar de incertezas paira pelos ares. A vivência da sexualidade está em alta. Os hormônios se afloram com toda impetuosidade. Tudo está transformado! Para muitos é começo de vida sexual ativa...
Com a transitoriedade de tudo, novos paradigmas sendo exaltados e valores despencando quem primeiro sofre com tudo isso é a juventude. Ela traz consigo a marca das mudanças temporais; dá vida ao que chega incorporando as novidades. Sendo assim, ao ser observada, nota-se cheia de conflitos: internos e externos e dificuldades em conviver com o que representa o antigo.
Então, diante de tudo isso, os jovens parecem não ter paz. Estão sempre em guerra, ora consigo mesmos, ora com aqueles com quem convivem. E o olhar dos adultos sobre eles quando não expressa pena - “Coitados! São jovens ainda. Têm muito a aprender!” -, expressa raiva, desconfiança - “São jovens. Não pode confiar!” – e assim, juventude torna sinônimo de desconforto pessoal, tempo de conflitos, ausência de paz.
Mas paz é uma necessidade humana que afeta todas as idades, não somente a juventude. As crianças precisam de paz para crescerem sadias e se adaptarem no novo mundo que habitam; os adolescentes necessitam de paz para ser felizes nas descobertas que fazem em si mesmos descobrindo o mundo; os adultos querem paz para reestruturar o que não anda bem e traçar novas metas e os idosos carecem de paz, pois, agora, mais do que nunca, são merecedores, tiverem um vida de dedicação e doação em meio a turbulência da vida.
O certo é que a juventude tem os seus meios para viver em paz! Os jovens buscam a paz em meio a agitação a que expressa seu estado de espírito, seu jeito de ser como: a criatividade, a alegria, a abertura para o novo, a capacidade para criar e adaptar.
Dizer que a juventude não tem paz é desconhecê-la totalmente, é observá-la de longe sem entrar em seu mundo, pois ao dizer que precisa de paz, se faz necessário entender seu estado emocional, o que está passando na vida para saber do que esteja de fato precisando, e não julga-la a partir de uma percepção somente.
A paz é necessária, busca e desejo de todos não há dúvida, mas nesse mundo de mutação, onde a subjetividade é a marca maior, paz deixa de ser uma busca do bem comum e passa ser subjetiva também, algo muito pessoal. Sendo assim, pode se afirmar que o lugar onde a juventude mais procura viver em paz são nas happies hours, quando estão em plena agitação. Isso que é paz! Zoação total. Algo que parece ser contraditório nos olhares dos adultos. Vai entender! Paz para você.


Pe. Luiz Paulo Fagundes SDN, BH – MG.
fagundessdn@gmail.com

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Juventude e os Movimentos Sociais

Fazer uma análise da participação ou não participação da juventude em movimentos sociais é adentrar em um campo de inúmeras nuanças. Portanto, queremos aqui demonstrar um pouco da importância da participação juvenil no corpo da sociedade.
Assim, se torna importante, antes de tudo, definir categorias sociais, estas são as que se mobilizam e se interessam por determinada causa e a partir daí se movimentam em prol da articulação de seus objetivos. Algumas mobilizações sociais têm caráter mais geral, enquanto outras são mais especificas, exemplificando, no caráter mais geral a mobilização pela conservação do meio ambiente, em caráter mais especifico a mobilização da sociedade para conseguir benefícios para determinado bairro.
Diante desta constatação, como a juventude se insere nesta luta? Falar da categoria juventude é falar, ao mesmo tempo, de uma categoria que apresenta certas especificidades. Pois, encontra-se em uma idade transitória. Pessoas que são de determinada etnia, dificilmente mudam desta categoria social, mas a juventude tem prazo pré-determinado, ou seja, seu tempo é relativamente curto. Não obstante, que sempre há jovens na sociedade, mas jovens estes que se inserem no grupo e jovens que saem deste grupo, assim o grupo encontra-se em permanente mudança de pessoas.
Talvez, por esta permanente mudança é que os jovens se mostram, particularmente, mais suscetíveis a participações na vida social, ou ainda por estarem a procura de uma auto-afirmação na sociedade.
Por isso, é visível a participação juvenil nos movimentos sociais. Pode se enumerar muitas lutas sociais aos quais os jovens historicamente se embrenharam para melhorar uma realidade.
Não é necessário ir muito longe, lembremo-nos das Pastorais da Juventude do Brasil (PJ – Pastoral da Juventude-, PJR- Pastoral da Juventude Rural-, PJMP- Pastoral da Juventude do Meio Popular- e PJE- Pastoral da Juventude Estudantil-); dos caras pintadas que foram as ruas; do período de ditadura, momento em que os jovens assumiram uma posição critica em relação ao momento histórico e se uniram para que a mudança social fosse possível acontecer; ou ainda, das siglas JAC (Juventude Agrária Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica), JIC (Juventude Institucional Católica), JOC (Juventude Operária Católica) e JUC (Juventude Universitária Católica), que foram tão importantes na construção de uma imagem juvenil na sociedade; se adentrarmos ainda mais na história, teremos a movimentação da UNE (União Nacional dos Estudantes), ou ainda no período da escravidão, tomamos como exemplo, o poeta Castro Alves que morreu em 1871, com 24 anos, e escrevendo a favor da luta pela libertação dos escravos.
Desta forma, os jovens sempre estiveram presentes em muitos momentos políticos/históricos importantes, mostrando sua cara e sua voz. E hoje, se faz ainda mais necessário que a juventude se torne protagonista de sua história - como a juventude de outrora - e esteja atenta ao que assola o país e passe a lutar por um mundo mais digno. E a luta para um mundo mais digno se fundamenta na união dos jovens, em busca de uma política mais inclusiva que valorize o ser humano como cidadão.
Assim sendo, nós jovens, somos chamados a sairmos de nossa comodidade e a passarmos a nos indignarmos frente às injustiças sociais, e a nos mobilizarmos em prol de um mundo mais humano e harmonioso, mundo este, que reine a paz e a fraternidade.



Davi Duarte, Postulante SDN, graduando em Filosofia, BH-MG.
dvi1985@gmail.com

Aborto com pílula também é crime Bispos espanhóis recordam documentos sobre este tema

MADRI, terça-feira, 19 de maio de 2009 (ZENIT.org)
Por ocasião da autorização na Espanha da compra em farmácias da pílula do dia seguinte sem a necessidade de receita médica, a Conferência Episcopal Espanhola pôs à disposição, em sua página web, uma série de documentos emitidos por este organismo episcopal sobre o tema, entre 1998 e 2001, com o título “O aborto com pílula também é um crime”.
“A Secretaria Geral da CEE – diz a apresentação dos documentos –, por indicação expressa do Comitê Executivo, reunido em 14 de maio de 2009, diante das surpreendentes medidas que permitem a venda sem prescrição médica de fármacos com possíveis efeitos abortivos e eventuais sequelas negativas para a saúde das mulheres ou meninas que os utilizem, publica novamente as orientações que a Conferência Episcopal emitiu a este respeito.”
Os documentos (em espanhol) são:
La píldora del día siguiente, nueva amenaza contra la vida (Asamblea Plenaria, 2001). Sobre la "píldora del día siguiente" (Subcomisión Familia y Vida, 2000). Con la píldora también se mata (Comisión Permanente, 1998). El aborto con píldora también es un crimen (Comisión Permanente, 1998).

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Papa convida jovens a serem missionários do mundo digital Por ocasião da Jornada Mundial das Comunicações Sociais

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 20 de maio de 2009 (ZENIT.org).
Bento XVI pediu aos jovens que sejam missionários do mundo digital, na véspera da inauguração de uma nova iniciativa da Santa Sé que aproxima o Santo Padre da juventude, http://www.pope2you.net/.
A exortação do Santo Padre ressoou na Praça de São Pedro no final da audiência geral da quarta-feira, por ocasião da próxima Jornada Mundial das Comunicações Sociais, que a Igreja celebrará no próximo domingo, 24 de maio.
O Papa quis que este ano esta Jornada esteja dedicada ao tema “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade ” para convidar “todos os que utilizam as novas tecnologias da comunicação, em especial os jovens – como ele mesmo disse –, a utilizá-las de uma maneira positiva e a compreender o grande potencial desses meios para construir laços de amizade e solidariedade, que podem contribuir para um mundo melhor.
“As novas tecnologias produziram mudanças fundamentais na maneira de difundir as notícias e a informação, de comunicar-se e relacionar-se – constatou. Desejo alentar todos os que acessam a rede a procurar manter e promover uma cultura de respeito, diálogo e amizade autêntica, para que floresçam valores como a verdade, a harmonia e a compreensão.”
No final, o Papa fez um convite particular aos jovens: “Testemunhai a fé através do mundo digital! Utilizai essas novas tecnologias para dar a conhecer o Evangelho, de modo que a Boa Nova do amor infinito de Deus por todos ressoe de maneiras diferentes em nosso mundo cada vez mais tecnológico!”.
Ao convite de Bento XVI se seguirá, nesta quinta-feira, a iniciativa do Conselho Pontifício para as Comunicações sociais, http://www.pope2you.net/, uma janela aberta para as novas tecnologias e redes sociais que permitirá aos jovens acompanhar mais de perto a atividade de Bento XVI, em particular através do YouTube, Iphone e Facebook.

Fonte: Zenit

POPE2YOU.NET: Papa mais perto dos jovens na internet e no facebook

Iniciativa do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais

Por Mercedes de la Torre

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 18 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Nesta quinta-feira, surge na internet www.Pope2you.net, uma iniciativa do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais que, através dos novos meios de comunicação, como o Facebook, permite aproximar os jovens da mensagem de Bento XVI.
O arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do dicastério vaticano, sem esconder suas esperanças, explicou a ZENIT que este projeto surge pela decisão do Papa de dirigir neste ano sua mensagem por ocasião da Jornada Mundial para as Comunicações Sociais (24 de maio) à “geração digital” (Cf. “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade”).
“Pensamos em utilizar as novas tecnologias para que esta mensagem seja mais conhecida e difundida pelos jovens e, por isso, pensamos que era interessante ter um site com um lema juvenil: ‘Pope2You’, ‘O Papa para você’”, afirma o prelado italiano.
“O interessante é que os jovens, através deste site, podem enviar cartões virtuais aos amigos, cartões com uma imagem simpática do Papa, com uma frase tirada de seus discursos”, explica.
“É uma maneira para difundir valores em que cremos. Nós esperamos que os jovens saibam aproveitar este meio para fazer que a mensagem do Evangelho seja conhecida pelos jovens do mundo de hoje. Esta é a razão deste site”, assegura.
O prelado explica que a primeira novidade é um lugar no Facebook, ainda que deixa claro que “o Papa não aparecerá no Facebook com um perfil seu. Não se trata disto. Na realidade, aproveitamos um aplicativo do Facebook para enviar os cartões virtuais”.
Em segundo lugar, declara Dom Celli, o site web oferece um wiki sobre a visão que o Papa tem das comunicações sociais, realizado pela Sala para as Comunicações Sociais da Conferência Episcopal Italiana. É “um instrumento para que um jovem possa aprofundar no texto da mensagem do Papa, feito de uma maneira juvenil mais adaptada”, acrescenta.
“A terceira novidade é o emprego do Iphone para receber as imagens do Papa e suas palavras”, declara.
A quarta área da página é um acesso ao canal vaticano do YouTube; não se trata, portanto, de uma novidade, declara o presidente do conselho vaticano, mas de uma nova janela a esta experiência de contato com a palavra do Papa, que estão realizando os milhões de usuários desta rede de vídeos.
Por sua parte, Dom Paul Tighe, secretário do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, explicou a Zenit que a iniciativa é complementar às páginas web do vaticano, como o caso de www.vatican.va, ou www.pccs.va, pois estas se caracterizam sobretudo por apresentar documentos, enquanto www.Pope2You.net quer falar a linguagem dos jovens, da interatividade e do gosto por compartilhar.
Com esta iniciativa, acrescenta, procura-se “criar novas formas de relação com a juventude”, pois “o Papa quer falar aos jovens para levar-lhes a mensagem da esperança e da alegria”.
Dom Giuseppe Scotti, secretário adjunto do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, explica a Zenit que esta iniciativa segue uma campanha que se fez no Facebook, ao final de janeiro passado, quando se distribuiu a mensagem do Papa sobre as comunicações entre cerca de 200 mil jovens. “Muitos deles haviam estado em Sydney”.
Deste modo, declara, o Conselho se deu conta de “que o Papa entre os jovens é muito mais amado do que os grandes meios de comunicação dão a entender”.
E sublinha que “a Igreja não tem medo do mundo digital” nem “dos meios de comunicação”. Como em todo o mundo, declara, “há coisas negativas”, mas o homem de fé não tem medo, pois crê em Deus, e “a Igreja se põe à disposição da mídia”.

Fonte: Zenit

terça-feira, 19 de maio de 2009

“Papa disse na África que é preciso mudar o olhar sobre a sexualidade”

Artigo do arcebispo de Granada em apoio a Bento XVI
Por Nieves San MartínGRANADA, segunda-feira, 18 de maio de 2009 (ZENIT.org ).
O arcebispo de Granada, Javier Martínez, escreveu um artigo, publicado no semanário diocesano de Granada e Guadix, titulado “Obrigado, Santo Padre!”, no qual afirma que “o que o Santo Padre disse na África é simplesmente que temos necessidade de mudar nosso olhar sobre a sexualidade”.
Em seu artigo, o arcebispo de Granada começa relatando dois fatos que lhe foram contados por seus protagonistas.
Em um país da América Latina, uma médica, ginecologista, premiada como a melhor médica do país pelo governo de sua nação, dedica parte de sua vida profissional a dirigir um programa de educação afetiva e sexual a adolescentes e jovens. O programa consiste em dar a conhecer com detalhe suficiente aos jovens o funcionamento do corpo humano em relação com a sexualidade e com o afeto.
A médica da América Latina, relata o arcebispo, estava ministrando seu programa em um colégio da capital de sua nação no qual estavam as filhas do ministro da Educação. Um dia, no teatro, coincidiram de se encontrar o ministro e a médica. Foi o ministro quem viu a médica, e se aproximou dela para felicitá-la: “Doutora, que alegria ver-lhe! Não se pode fazer idéia de como minhas filhas estão contentes!” O ministro seguiu nessa via por um momento, até que a médica lhe disse: “Também me alegro, ministro, que suas filhas estejam tão contentes, e que você tenha tido a ocasião de ver o valor que tem um programa planejado desta forma. O que acha do Ministério promover nos colégios públicos onde os pais permitirem - as filhas do ministro estudavam em colégio particular, como é natural –, o mesmo programa?” Ah! Isso não, doutora! Isso não pode acontecer! Pode-se educar a alguns poucos, mas para o povo é preciso dar preservativos”.
O segundo fato que relata o arcebispo refere-se a uma médica norte-americana, que trabalha em Gana, em um centro de Atenção Primária. Havia estado na Conferência Internacional do Cairo sobre a População e o Desenvolvimento, em 1994, e de retorno à América, antes de voltar para sua missão, passou pela Espanha.
“Coincidimos em um ato, nos apresentaram e estivemos falando um bom tempo. No centro onde ela trabalhava, em uma zona sumamente deprimida – me disse –, morriam todos os dias crianças desidratadas por causa de uma simples colite, por falta de soro fisiológico, e pela ignorância das mães. Contudo, o centro estava literalmente “cheio” – ou talvez seria melhor dizer “invadido” – de caixas e caixas de preservativos que certas companhias americanas e europeias lhes enviavam gratuitamente, até não saber o que fazer com eles, porque ocupavam um espaço no centro que não tinham, e que precisavam para coisas mais urgentes e mais graves”.
E o arcebispo lhe pergunta: “Quem paga o anúncio? Que visão do ser humano e da vida _ e das diferentes classes de seres humanos, e de vidas humanas – se esconde por trás destas histórias? Quem, quais poderes e quais indústrias, se beneficiam da despovoamento da África, e pensam já sem dúvida nos futuros benefícios de suas imensas riquezas e reservas naturais? Sem dúvida, os mesmos que degradam sem cessar e sem limite nossa própria humanidade e a dignidade de nosso pensamento quando decidem – e ninguém seria capaz de explicar racionalmente em virtude de qual poder –, promover entre nós a banalização absoluta do uso do corpo humano e do sexo”.
“O que se silencia é o dado – perfeitamente constatado – de que o uso massivo dos preservativos não deteve a aids na África, mas a propagou”, sublinha Dom Martínez.
“O que o Santo Padre disse na África é, simplesmente, que temos necessidade de mudar nosso olhar sobre a sexualidade – assinala o arcebispo de Granada –. E também que temos necessidade de mudar nosso olhar sobre a enfermidade e sobre os enfermos. Duas verdades evidentes. Antes que nenhuma outra reflexão acerca do direito do Papa a falar, ou acerca de que coisas pode ou não pode, ou deve ou não deve falar, o que se impõe recordar é, sobretudo, que o que disse o Papa é verdade”.
E conclui: “Obrigado, Santo Padre, por ter o valor de dizer-nos a verdade, a nós e a nossos irmãos africanos! Obrigado por reclamar a todos nós a uma vida de primeira classe, a uma vida verdadeira e plenamente humana! Milhões de homens pedimos ao Senhor todos os dias para que não se canse, para que não ceda, para que o Senhor lhe sustente e continue sendo livre!”.
Para acessar o artigo completo:http://www.arzobispodegranada.com/index.php?mod=articulos&lan=es&sec=7&cat=23&id=664.

Fonte: Zenit.

domingo, 17 de maio de 2009

AMAZÔNIA – UMA RIQUEZA A SER PRESERVADA


Amazônia – a grande questão


A Amazônia tem sido, ultimamente, palco de atenções de muitas pessoas, não só de ambientalistas, mas também dos cientistas, que estudam o efeito da devastação que trará para a humanidade, se as indústrias, as madeireiras, os agricultores, os criadores de bois, os garimpeiros e todas as empresas multinacionais continuarem com a ação depredatória da natureza, com o único intuito de explorar e extrair as matérias primas, desocupar a área com queimadas para a pastagem ou plantio de soja, sem pensar nas consequëncias.
Amazônia – “a última área natural do planeta está sendo comida por nós. Sim, comida! A carne bovina e a soja, presentes no nosso cotidiano, têm o papel relevante na promoção deste caos. As nossas decisões de consumo estão levando embora a mais rica floresta do planeta, cujas conseqüências afetam a humanidade toda. A biodiversidade, o clima e a perda de nações indígenas são questões planetárias e irreversíveis”.
O progresso, o desenvolvimento, o conceito de civilização criaram a cultura da produção, promovendo a sociedade de consumo na lógica da compra e venda, esquecendo-se que nem tudo tem a duração eterna. O futuro da Terra não é tão promissor, sobretudo para uma maioria. As chamadas constantes alertam o governo e a sociedade brasileira para uma medida, que contenha o desmatamento: “O Brasil já derrubou 16,3% da Amazônia”- área equivalente aos territórios da Franca e de Portugal . Os pesquisadores e cientistas nos alertam que, se continuar no ritmo atual de desmatamento bastarão 50 anos para transformar a Amazônia em cerrado, comprometido pelo aquecimento global. O problema, porém, não é apenas a Amazônia se transformar em cerrado, afirmam os pesquisadores. A desertificação do norte do país, pode afetar drasticamente o sistema hidrológico do continente, criando grandes áreas secas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país.

Nova compreensão da Amazônia

A Amazônia, porém, não precisa seguir o destino da Mata Atlântica, a Caatinga e o Cerrado. Uma nova forma de compreensão da Amazônia por todos os brasileiros, mas sobretudo pelas Comunidades da Amazônia e pelo próprio amazônida na organização e decisão de suas prioridades, poderia reverter a situação.
É preciso descobrir e encarar a Amazônia como fonte inesgotável de vida, como herança verdadeira e viva. A história dos 500 anos aponta para o que devemos evitar para que a VIDA não pereça.
Acabamos com as florestas do Nordeste. Mais de 95% da mata desapareceu no Rio Grande do Sul. Grandes matas de araucárias, cedros, angicos, ipês e timbaúvas tombaram em substituição de grandes lavouras e pastagens de bois. Depois foi a vez do Paraná com a derrubada da floresta de pinheiros, seguida do Mato Grosso e Santa Catarina. Em 1970, começou a vez do norte. Um milhão de brasileiros peregrinaram pela BR 364 em direção ao Acre e Rondônia, martirizando índios e derrubando florestas, sem falar do Pará, considerado, hoje, uma das regiões mais dilaceradas e devoradas não só pela voracidade dos estrangeiros como também dos brasileiros.
“É preciso desmobilizar a bomba-relógio que causa o desmatamento e a queimada, o contrabando, o tráfico de drogas e de animais, o roubo do mito, do sonho, do solo, do peixe, do ouro e da madeira”.

A vida em perigo

Há muito ouvimos: o Planeta Terra está gravemente enfermo, a vida está em perigo. A Amazônia, o maior conjunto contínuo de florestas tropicais do planeta, se destruída, mesmo parcialmente, pode acarretar desequilíbrio total do ecossistema, ameaçando a sobrevivência da própria espécie humana. No entanto, a maioria dos homens e mulheres não conseguiu acordar diante de um desastre iminente, prestes a acontecer caso não haja uma mobilização por parte de todos.
Não será apenas um grupo a salvar o Planeta Terra, mas a consciência de todos, despertados para a necessidade de mudar de atitude, instaurando uma nova plataforma de relação com Deus e com a natureza, entendendo a “humanidade como parte de um vasto universo em evolução”, e a “Terra como nosso lar, viva”. Sentir, afinal, que somos um com ela. Neste sentido, urge uma nova ética e uma nova espiritualidade que nos ajudem a construir um novo pensamento e uma nova atitude existencial. Nossa filosofia foi longamente dominada pelo antropocentrismo, segundo o qual o ser humano se considerava o dono absoluto e sem limites da criação, jogando-se na exploração desenfreada dos recursos naturais, na ilusão de que durassem eternamente.

Missão da Comissão Episcopal para a Amazônia

A Comissão Episcopal para a Amazônia preocupa-se com a dimensão religiosa e missionária da Amazônia, bem como com a questão da soberania, da brasilidade, do patrimônio que deve constituir a Amazônia preservada, com seus benefícios que podem se estender à humanidade. Urge, por isso, uma ação que desperte todos os brasileiros para a questão do Meio Ambiente e da Ecologia. A Igreja tem a missão de dar a sua contribuição,somando assim, a sua voz a de todos os Grupos, Ong’s, Instituições que lutam pela preservação daquilo que Deus criou para todos os seres vivos, como fonte de vida.
As Igrejas amazônicas buscam o seu rosto amazônico, conscientes de que a Amazônia é constituída por muitas Amazônias. A inculturação da fé passa por diversas culturas: culturas indígenas, cultura dos negros, seringueiros, lavradores, ribeirinhos, pescadores, culturas dos migrantes e cultura moderna.
É a opção da Igreja que se faz cada vez mais clara na organização e apoio às várias iniciativas de realização como verdadeira participação e solidariedade. Isso vale ainda mais, considerando que esta região é um lugar onde as injustiças são gritantes, pela exploração do latifúndio, a negação dos direitos dos índios e o assassinato, a violência da polícia e a conivência do judiciário.
Sinal visível de que a presença do evangelho é semente nas várias comunidades são as iniciativas e organizações como a dos ribeirinhos na luta pela preservação dos rios e dos lagos, como forma concreta de preservar a vida; a organização das comunidades indígenas, através do CIMI, na luta pela demarcação de suas terras, pelos seus direitos e o resgate de suas identidades culturais; os povos indígenas e trabalhadores do campo e da cidade, que se dão as mãos, buscando reverter a situação de ilegalidade e impunidade; e a presença missionária dos religiosos e das religiosas, nestas áreas, como testemunho e profecia, introduzindo a todos na comunidade dos seguidores de Cristo, a serviço da vida.
Entre outros traços, a Comissão Episcopal para a Amazônia se solidariza com as Igrejas da Amazônia na busca de seu rosto “Igreja: Irmã da Criação”, unindo-se aos povos da floresta em sua contemplação do Deus da vida, que manifesta o seu amor maternal na terra, no céu estrelado, no mistério das matas e dos rios. Acredita que toda a criação, sacramento vivo da presença e do amor de Deus, participa da redenção do Cristo que, por sua Páscoa, reconcilia o universo. Convoca todos os homens e mulheres a cuidarem do Planeta como sua casa comum. Denuncia, com as Igrejas da Amazônia, todos os fatores que provocam a destruição da natureza causando a injustiça social e a dependência econômica, e une a defesa da justiça social à salvaguarda da criação.

Olhar retrospectivo em vista do futuro

O passado dos homens e das mulheres foi escrito pela dominação da natureza. O ser humano primitivo tinha medo das forças naturais. Sabemos de mitos que povoaram, por tantos séculos, o imaginário das populações com os deuses que estes invocaram como mediadores para aplacar as forças incontroláveis da natureza, que limitavam os espaços de liberdade. Por milhares de anos, a humanidade conseguiu viver no planeta sem destruí-lo, sem prejudicá-lo, mas, poucos séculos foram suficientes para que a ordem das coisas se invertesse. As pessoas, aos poucos, passaram da condição de dominados à condição de dominadores. Não no sentido, porém, da Bíblia, que coloca o ser humano, como filhos e filhas de Deus, feitos à sua imagem e semelhança, com a missão de ser seus colaboradores através do zelo, cuidado de toda a criação.
A lógica do sistema que domina a produção é dispor de todas as formas de tecnologias para produzir, custe o que custar, avançando na perigosa escalada da exploração da terra, supondo que os recursos são inesgotáveis. O domínio da natureza se transforma em risco de destruição da natureza. O ser humano tem hoje o poder sinistro de destruir o lar que Deus preparara para seus filhos e filhas e cuja preservação lhes confiara.
A Campanha da Fraternidade –2004 refletiu sobre a Água, fonte de e da vida. Notícias sobre nossos rios e lagoas onde morrem toneladas de peixes pelos dejetos industriais foram divulgadas. Enquanto algumas regiões são assoladas pelas estiagens, outras foram arrasadas por inundações. Falou-se sobremaneira sobre a qualidade da água, da escassez iminente, caso não haja cuidados devidos pela sua preservação através da economia racional.
O nosso ar, nos centros urbanos, atinge níveis alarmantes e quase insuportáveis de poluição, gerando várias doenças de pulmão, de câncer de pele, dentre outras.
Mais de dois terços da área florestal do mundo foram sacrificados em favor da produção. Em 1850, ainda existia 80% da floresta brasileira. Em 1935 baixava para 26%. Já em 1962 contava apenas com 13%. Hoje, resta menos de 3% da nossa floresta.
E a preocupação com a extinção das espécies animais? De 1600 até hoje, 162 espécies de aves foram exterminadas pelo ser humano. Uma centena de espécies de mamíferos desapareceu e 225 estão em vias de desaparecimento. Cerca de 1000 espécies de animais selvagens são considerados raros e em via de extinção.

À guisa de conclusão

Tudo o que existe e vive precisa ser cuidado para continuar a existir e a viver: uma planta, um animal, uma criança, um idoso, o planeta Terra.
O agricultores precisam ser criativos sem ferir a terra. Os técnicos devem ser educadores, cultivando no povo o amor à Terra. As comunidades agradecidas e alegres, celebrando a liturgia fora dos templos, à sombra das árvores, animadas pelo canto dos pássaros, com muito cheiro de terra, devem devotar-lhe todo o cuidado. Neste processo de nova relação com o universo, o homem e a mulher são chamados a conviverem com as outras criaturas com a missão de defendê-las na harmonia do todo.
Somos convocados por Deus, em nome da vida, a selar uma aliança de fraternidade para defender a criação agonizante, e trabalhar para resgatar o respeito e o cuidado pela Terra, gestando uma nova civilização planetária, que coloque em primeiro lugar um único princípio absoluto: a vida. Mais do que preocupar-se com o desenvolvimento sustentável da Amazônia, importa construir uma vida sustentável.


Dom Jayme Henrique Chemello
Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia

quinta-feira, 14 de maio de 2009

As mulheres missionárias do Evangelho



A SOGRA DE SIMÃO QUE SOFRIA DE FLUXO DE SANGUE, A VIÚVA DE NAIM, A CANANÉIA, JOANA, SUZANA, A VIÚVA DAS MOEDAS, AS FILHAS DE JERUSALÉM, A SAMARITANA, ETC.

SANTA MÔNICA, MÃE DE SANTO AGOSTINHO

Quando na vigília pascal do ano 387 da era cristã, na Catedral de Milão, na cerimônia celebrada pelo Bispo Ambrósio, Agostinho de Tegaste renunciou a satanás, confessou sua fé católica e inundado por uma indizível felicidade, entrou na água para renascer pelo Espírito Santo, no sacramento do Batismo, sua mãe, Mônica estava presente participando da cerimônia. E nesse dia ela deve ter sentido, como ninguém jamais sentira, qual é a força da oração perseverante. Ela acompanhara o filho em toda a sua caminhada desde a sua longínqua terra da África. Vira-o desviar-se para os piores erros de fé e de costumes. Vira-o triunfar nos caminhos da grandeza e da cultura humana, mas desviar-se dos caminhos de Deus. Porém, jamais desanimara.
Rezava e esperava. E chorava. Um dia um Bispo amigo lhe dissera que um filho de tantas lágrimas não se poderia perder. E ele não se perdeu. Aos 33 anos de idade encontrou definitivamente a "beleza" tão antiga e tão nova de que procurara em vão esconder-se. Cristo vencera. Aquele neófito seria amanhã o Bispo Agostinho. Santo Agostinho! O grande Doutor da Igreja. O maior de todos. Testemunho perene da graça de Deus. E do valor da oração perseverante de Santa Mônica.

A PALAVRA DE DEUS: Lc 13,11-13
AS MULHERES DO EVANGELHO

Folheando as páginas do Evangelho, passa diante dos nossos olhos um grande número de mulheres, de idade e condições diversas. Encontramos mulheres atingidas pela doença ou por sofrimentos físicos, como a mulher que tinha "um espírito que a mantinha enferma, andava recurvada e não podia de forma alguma endireitar-se. (LC 13,11-13). Ou como a sogra de Simão que estava "de cama com febre"(MC 1,30); ou como a mulher que sofria de um fluxo de sangue ( MC 5,25-34), que não podia tocar ninguém, porque se pensava que o seu toque tornasse o homem "impuro".
Cada uma delas foi curada e a última a hemorroíssa, que tocou o manto de Jesus "no meio da multidão"( MC 5,27), foi para ele louvada pela sua grande fé: "A tua fé te salvou" (MC 5,34). Há depois, a filha de Jairo que Jesus faz voltar à vida, dirigindo-se a ela com ternura: "Menina, eu te mando, levanta-te!"( MC 5,41). E ainda a viúva de Naim para quem Jesus faz voltar à vida o filho único, fazendo acompanhar o seu gesto de uma expressão de terna piedade: "Compadeceu-se dela e disse-lhe: não chores"(LC 7,13).
E há, enfim, a Cananéia, uma mulher que merece da parte de Cristo palavras de especial estima pela sua fé, sua humildade e pela grandeza de espírito de que só um coração de mãe é capaz: "Oh mulher, é grande a tua fé! Faça-se como desejas"(MT 15,28). A mulher Cananéia pedia a cura de sua filha.

AS MULHERES MISSIONÁRIAS

Às vezes, as mulheres que Jesus encontrava, e que dele recebiam tantas graças, o acompanhava, enquanto com os apóstolos peregrinava pelas cidades e aldeias, anunciando o Evangelho do Reino de Deus. E elas "os assistiam com os seus bens". O Evangelho cita entre elas, Joana, esposa do administrador de Herodes, Suzana e muitas outras ( LC 8,1-3).
Às vezes, figuras de mulheres aparecem nas parábolas, com que Jesus de Nazaré ilustrava a seus ouvintes a verdade sobre o Reino de Deus. Assim é nas parábolas da Dracma perdida (LC 15,8-10), do Fermento ( MT 13,33), das Virgens prudentes e das virgens estultas( MT 25,1-13). É particularmente eloqüente o relato do óvulo da viúva. Enquanto "os ricos... colocavam as suas ofertas na caixa do templo... uma viúva... deitou lá duas moedinhas". Então Jesus disse: "Essa viúva pobre deitou mais do que todos... foi da sua penúria que tirou tudo quanto possuía"(LC 21,1-4).
Deste modo Jesus a apresenta como modelo para todos e a defendem, pois no sistema sócio-jurídico da época, as viúvas eram seres totalmente indefesas. (LC 18,17). Em todo o ensinamento de Jesus, como também no seu comportamento, não se encontra nada que denote a discriminação, própria do seu tempo da mulher. Ao contrário, as suas palavras e as suas obras exprimem sempre o respeito e a honra devidos à mulher. A mulher recurvada é chamada "filha de Abraão"
(LC 13,16), enquanto em toda a Bíblia o título "Filho de Abraão" é atribuído só aos homens. Percorrendo a via dolorosa rumo ao Gólgota, Jesus dirá às mulheres: "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim". (LC 23,28). Este modo de falar às mulheres e sobre elas, assim como o modo de tratá-las, constitui uma clara "novidade" em relação aos costumes dominantes do tempo. Isso se torna ainda mais explícitos no tocante àquelas mulheres que a opinião comum apontava com desprezo como pecadoras públicas e adúlteras.
Por exemplo: a Samaritana, a quem Jesus mesmo diz: "Tiveste cinco maridos e aquele que agora tens não é teu marido". E ela, percebendo que ele conhecia o segredo de sua vida, reconhece nele o Messias e corre a anunciá-lo aos seus conterrâneos. O diálogo que precede esse reconhecimento é um dos mais belos do Evangelho ( João 4,7-27).
Eis, depois, uma pecadora pública que, não obstante à condenação por parte da opinião comum, entra na casa do fariseu para ungir com óleo perfumado os pés de Jesus.
Ao anfitrião que se escandalizava desse fato, Jesus dirá dela: "São perdoados os seus muitos pecados, visto que muito amou" (LC 7,37-47). Eis, enfim, uma situação que é talvez a mais eloqüente: uma mulher surpreendida em adultério é conduzida a Jesus.
À pergunta provocatória: "Ora, Moisés na Lei mandou nos apedrejar tais mulheres, tu que dizes?" Jesus responde: "Aquele de vós que estiver sem pecado lança-lhe por primeiro uma pedra". A força de verdade contida nessa resposta é tão grande que "se foram embora um após o outro, a começar pelos mais velhos." Permanecem só Jesus e a mulher."
Onde estão? Ninguém te condenou?" - "Ninguém, Senhor" - "Nem eu te condenarei. Vai e doravante não tornes a pecar."( João 8,3-11).

CRISTO CONHECE A DIGNIDADE DO HOMEM E DA MULHER

Esses episódios constituem um quadro de conjunto muito transparente.
Cristo, é aquele que "sabe o que há no homem"(João 2,25).
No homem e na mulher. Conhece a dignidade do homem, o seu valor aos olhos de Deus. Ele mesmo, Cristo, é a confirmação definitiva desse valor. Tudo o que diz e faz tem o seu cumprimento definitivo no mistério pascal da redenção. O comportamento de Jesus s respeito das mulheres, que encontra ao longo do caminho do seu serviço messiânico, é o reflexo do desígnio eterno de Deus, o qual, criando cada uma delas, a escolhe e ama em Cristo ( Ef 1,1-5). Por isso, cada mulher é aquela "única criatura na terra que Deus quis por si mesma".
Cada mulher herda do "princípio" a dignidade de pessoa precisamente como mulher. Jesus de Nazaré confirma essa dignidade, recorda-a, renova-a e faz dela um conteúdo do Evangelho e da redenção, para a qual é enviada ao mundo. É preciso pois introduzir na dimensão do mistério pascal toda palavra e todo gesto de Cristo que se refere à mulher. Desta maneira tudo se explica completamente.

UMA MENSAGEM PARA A VIDA

Uma das páginas mais belas do Evangelho é a que narra o episódio da mulher adúltera. Aí Jesus mostra mais uma vez a sua infinita misericórdia. O fato se deu nos últimos dias de Jesus em Jerusalém. Naquela época, durante o dia, Jesus ensinava no templo e à noite retirava-se para Betânia ou para o monte das oliveiras ( Lc 21,37-38). Nesta passagem aqueles que apresentam a tal mulher que fora pego em adultério são os escribas e fariseus que se consideravam os defensores da Lei de Deus.
Para armar uma cilada contra Jesus, eles vão pedir-lhe o seu parecer. Colocam o caso na mão de Jesus. Não para acatar a decisão do Senhor, mas para pegar Jesus em alguma resposta comprometedora, qualquer que fosse a sua resposta. De fato, se Jesus dissesse para deixarem a mulher ir em paz, eles denunciariam Jesus como transgressor da Lei, porque a lei mandava apedrejar as adúlteras (Dt 22,23-24). E se Jesus mandasse apedrejar a mulher, eles iriam jogar o povo contra Jesus, pois todos o chamavam de bom Mestre, porque o Senhor pregava a misericórdia e o perdão. Além disso, se Jesus decidisse pela morte da pecadora, ele poderia ser condenado também pela lei romana que reservava para si a condenação à pena de morte.
Mas a resposta de Jesus é divinamente sábia. Ele olha para aqueles fariseus com olhar tão penetrante, que vê dentro deles até os pecados escondidos em seus corações. E lhes fala simplesmente: "Aqueles de vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra." E todos vão saindo.
Não ficou um! Então vem aquela belíssima sentença de Jesus: "Nem eu te condeno. Vai e de agora em diante, não peques mais". Assim ele condenou o pecado e não o pecador. Poderíamos lembrar muitos outros casos nos quais Jesus revela seu grande amor pelos pecadores.Um dele é o episódio da pecadora pública que foi beijar os pés de Jesus na casa de Simão, o fariseu, por ocasião do jantar. (Lc 7,36-50). Lembre-se também da maneira imediata e simples com que Jesus perdoou o criminoso crucificado ao seu lado. Na cruz ainda, Jesus ofereceu seu perdão aos carrascos antes mesmo que esses lho pedissem, dizendo: "Pai, perdoa, porque não sabem o que fazem!"(Lc 23,34).

A SAMARITANA

A História da Samaritana é um dos capítulos mais bonitos do Evangelho. É o encontro mais bonito entre duas pessoas. É o paradigma para qualquer pessoa, para qualquer psicólogo, para qualquer pessoa que queira ir lá dentro no fundo do coração das pessoas. É o encontro de Jesus com a mulher Samaritana junto ao poço de Sicar. Ela que não pertencia ao povo de Deus. E Jesus quis ir lá dentro do coração dessa pessoa, que não representava a si mesma, mas representava uma humanidade sofrida, ela de "lata d'água na cabeça", diríamos em termos brasileiros, querendo buscar água e Jesus dizendo para ela: "Dá-me um pouco d'água". E ela achando esquisito porque um judeu pedindo água a uma Samaritana, eles que não se davam, eram inimigos e Jesus dizendo: "Ah! Se você soubesse quem pede a você esse copo d'água...
Essa pessoa pode dar-te água viva e quem beber dessa água, não terá mais sede, fonte de água viva. Jesus fala dessa água que brota como uma cascata de dentro dele próprio, Jesus, Filho de Deus. É Jesus desdentando a humanidade. A água que Ele dá é a sua Palavra. E aqui a gente podia pensar em todo o mistério da água. A água que é vida, não existia vida sobre a terra. Foi preciso que Deus criasse a água e nessa água pairasse o Espírito de Deus.
A água é vida, onde não há água, não há vida. Daí a comparação da água Jesus, da água graça, da água benefício de Deus entre nós. Como dizíamos, essa Samaritana é a humanidade afastada de Deus e doida por Deus. É tanto que o Evangelho diz que ela tinha 5 maridos. A melhor interpretação desses 5 maridos não é a interpretação de um marido e homens, não. Ela, representando a humanidade, é a vivência com os ídolos. É a infidelidade a Deus. É por isso que Jesus propõe a ela: _ "Mulher, vai ter um tempo fantástico. Um tempo em que, os que adoram o Deus verdadeiro, não o adoram nem aqui nem ali, mas o adoram em Espírito e em verdade". 5 maridos são os ídolos da humanidade: sexo, dinheiro, poder, TV, enfim, todo este visgo, todo este grude que prega cada vez o homem e o coloca cada vez mais preso e impossibilitado de voar.
O homem tem vontade de voar para Deus mas a idolatria, ou seja, o amor às coisas do mundo, o coloca cada vez mais apegado, mais grudado numa matéria que não me dá nenhuma resposta. Não sei até onde você gostaria de viver a vida plena. Essa saúde do corpo e a saúde da alma. É o homem em busca da identidade de si mesmo. Todas as vezes que o homem se abre para a água que é Jesus para tirar a sua sede, sede de coisas boas, está neste momento. É o momento de Deus em nossa vida. Por isso, vamos voltar a pensar mais nos outros. Vamos pensar em mil pequenas felicidades quase como borboleta indo aqui e ali. Isso não enche a vida de ninguém, nem mesmo religiosamente: Você que um dia está numa seita, um dia você é espírita, outro dia você é crente e outro é católico não é por aí. Só Jesus Cristo é água viva capaz de saciar nossa sede de modo definitivo.
Para isso não quer a humanidade com 5 maridos, ou seja, cheia de ídolos que tomam o lugar dele. Ele quer o abandono dos ídolos e a mudança de vida. E essa mudança de vida é o abandono dos ídolos e o abandono dos ídolos nos podem fazer verdadeiramente felizes, como dizia Santo Agostinho: "Eu não te procuraria, Senhor, se Tu não me tivesse encontrado". Vamos pedir a Deus como fez Jesus com a Samaritana que ele se encontre conosco para que nós possamos encontrá-lo.
Pe. Lucas de Paula Almeida, CM

Fonte: missaojovem.com.br

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A cultura do medo que oprime os pobres

O medo é cada vez mais central na sociedade moderna. Ocupa diariamente o imaginário popular, sendo expressão dos noticiários, dos livros, dos comentaristas, das autoridades etc. O medo é um elemento que desequilibra a mente humana e informa que algo nefasto e externo aos indivíduos não está andando como deveria. Se o medo ocupa a centralidade de tal importância em nosso meio, fica a impressão negativa de que não conseguimos responder bem os problemas que surgem na sociedade. Ao menos, prevalece o sentimento de ódio, rancor, vingança e dor, enquanto consequência da cultura do medo, relegando ao sentimento de equilíbrio, solidariedade, justiça, espaço de menor importância na resolução de nossos conflitos sociais.
Para o pai da psicanálise, Sigmund Freud, toda doença está no campo da subjetividade, sendo, por meio da fala que é possível acessar o sofrimento dos doentes. Em primeiro plano, quando temos uma sociedade cujo sentimento maior é o medo, vivemos em uma sociedade marcada também pela disfunção e má organização social, sendo, portanto, uma sociedade doente. No segundo plano, a tendência do discurso é a verbalização como expressão do desequilíbrio e sentimentos negativos que constroem análises e soluções para os conflitos sociais.
A partir disso, se identifica várias manifestações na sociedade que revelam a cultura do medo enquanto pilar fundamental, orientando ações e soluções para os problemas sociais. É comum que a Violência tenha como solução imediata a Segurança institucionalizada, policialesca, militarizada, bem armada e especialista. Que os ricos e latifundiários, detentores de patrimônio tenham a defesa integral dos bens em nome da Justiça. Que os sujeitos de direitos e defensores de direitos humanos sejam criminalizados em nome do discurso da Lei e da Ordem. No mesmo sentido, surgem solução que centram na ampliação dos estatutos jurídicos, leis, códigos, etc, todos com o propósito de simplificação legalista e funcionando com a dose de rigor que o problema social exige.
Por outro lado, a sociedade que se propõe a resolver os seus problemas de natureza social deve se preocupar em desvencilhar-se da cultura do medo, procurando soluções no campo dos sentimentos de equilíbrio, da solidariedade e da justiça. A sociedade que reproduz o medo também no campo subjetivo das soluções ainda é uma sociedade engaiolada nas raízes do medo.
O reconhecimento de que somos uma sociedade doente não é pior das constatações, todavia, a permanência, o não desvencilhar, a reprodução do medo enquanto única opção nos parece um agravamento na doença.
Mais que isso, preocupa a visão das autoridades que são incapazes de apresentar soluções equilibradas, não desesperadoras, que busquem a afirmação de um Estado Social, capaz de propiciar a superação da cultura do medo. De outra forma, são promoventes de um Estado Máximo para os ricos, capaz de promover a defesa das classes detentoras de patrimônio e, protagonizando o Estado Mínimo para as classes pobres, normalmente, apresentada como o Estado Penal ou aquele que promove a punição dos pobres na sociedade.
Nessa composição, os ricos têm a garantia de todos os direitos, tendo o Estado como garantidor, expressão sugerida pelo forte aparato policial. Os pobres, quando muito, possuem a mão forte e dura da Justiça.
De maneira simplificada, o clamor por mais segurança, mais leis, mais justiça, tem sido uma tendência que tem por causa a cultura do medo. Enquanto consequência, esses elementos “mais segurança”, “mais leis”, “mais justiça” se constituem propostas contra os pobres e não pela afirmação dos pobres. Demonstração dessa tendência é a reivindicação de parcelas da sociedade que chancelam a violência institucionalizada por meio da Polícia, autorizando a utilização inquestionável da força.
Outra tendência marcante na sociedade baseada no medo, é a necessidade de trazer enquanto solução a ampliação de leis, que trazem consigo a pecha de serem mais rigorosas. Inicialmente, é importante dizer que a existência de leis não representa uma garantia real de efetivação de direitos e, por outro lado, os rigores da lei demonstram recair de forma mais contundente sobre as classes mais empobrecidas que as ricas, servindo ao incremento da criminalização e exclusão da pobreza.
Do ponto de vista de algumas autoridades, é comum a verbalização de propostas como a Redução da Maioridade Penal, ou mesmo, a Responsabilidade Criminal de Movimentos Sociais. Está claro que a concepção que prevalece é a expressão de um sentimento pautado pelo ódio, rancor, vingança e dor, centrado na cultura do medo e pânico que vive a sociedade. Também, prevalece, uma concepção que visa tornar mais presente o Estado Punitivo contra os pobres, aliás, a mesma visão que apetece os despossuídos nas periferias, uma vez que o Estado não aparece, em hipótese nenhuma, enquanto Estado da Solidariedade, da Justiça, do Equilíbrio, etc.
Por qual motivo aprisionar os nossos jovens no sistema carcerário tradicional mais cedo? Só é possível pensar em uma resposta lúcida: Em um sistema carcerário que não funciona, que está cheio de pobres e que não garante futuro para ninguém, só pode ser uma solução para os nossos jovens quando o sentimento que prevalece é o ódio, rancor, vingança e dor. Só pode ser uma solução doente para uma sociedade doente, o que nos faz retornar a idéia de que o medo prevalece em nosso meio social como endemia, enquanto algo que está pulverizado e impede a sociedade de solucionar os conflitos sociais.
Por Claudio Agatão PortoAdvogado da Cerrado Assessoria Popular

terça-feira, 12 de maio de 2009

Bento XVI nunca integrou juventude hitleriana Porta-voz lamenta informações erradas

JERUSALÉM, terça-feira, 12 de maio de 2009 (ZENIT.org).- O porta-voz da Santa Sé desmentiu que Bento XVI tenha integrado da "Hitlerjugend" (juventude hitleriana), esclarecendo informações divulgadas por meios de comunicação de Israel durante a peregrinação papal.
O padre Federico Lombardi explicou hoje que leu “algo que não é verdade”. “O Papa nunca formou parte da Hitlerjugend, que era um corpo de voluntários fanáticos.
Bento XVI “não tem nada a ver com a violência, é uma pessoa gentil e humilde, doce. Nunca esteve contra os judeus”, enfatizou o porta-voz.
O sacerdote afirmou que no referido momento o Papa “era um seminarista e estudante de teologia, que aos 16 anos, como todas as pessoas de sua idade, foi recrutado pela força auxiliar da defesa anti-aérea e nunca esteve nesse movimento juvenil educado ideologicamente no nazismo”.
O porta-voz também respondeu a críticas lançadas contra o Papa de não ter mencionado no discurso no memorial Yad Vashem o número de milhões de mortos no Holocausto ou por não ter citado sua origem alemã.
“No discurso no Yad Vashem, ele o tema da memória e desenvolveu o argumento dos nomes. Não devia ser um tratado sobre o Holocausto. Sobre a Alemanha e seu passado, e sobre o nazismo, já falou em outras ocasiões. Pela manhã, aliás, tinha dito que morreram 6 milhões de judeus que não podemos esquecer, e que ainda há antissemitismo”.Bento XVI nunca integrou juventude hitlerianaPorta-voz lamenta informações erradasJERUSALÉM, terça-feira, 12 de maio de 2009 (ZENIT.org).- O porta-voz da Santa Sé desmentiu que Bento XVI tenha integrado da "Hitlerjugend" (juventude hitleriana), esclarecendo informações divulgadas por meios de comunicação de Israel durante a peregrinação papal.
O padre Federico Lombardi explicou hoje que leu “algo que não é verdade”. “O Papa nunca formou parte da Hitlerjugend, que era um corpo de voluntários fanáticos.
Bento XVI “não tem nada a ver com a violência, é uma pessoa gentil e humilde, doce. Nunca esteve contra os judeus”, enfatizou o porta-voz.
O sacerdote afirmou que no referido momento o Papa “era um seminarista e estudante de teologia, que aos 16 anos, como todas as pessoas de sua idade, foi recrutado pela força auxiliar da defesa anti-aérea e nunca esteve nesse movimento juvenil educado ideologicamente no nazismo”.
O porta-voz também respondeu a críticas lançadas contra o Papa de não ter mencionado no discurso no memorial Yad Vashem o número de milhões de mortos no Holocausto ou por não ter citado sua origem alemã.
“No discurso no Yad Vashem, ele o tema da memória e desenvolveu o argumento dos nomes. Não devia ser um tratado sobre o Holocausto. Sobre a Alemanha e seu passado, e sobre o nazismo, já falou em outras ocasiões. Pela manhã, aliás, tinha dito que morreram 6 milhões de judeus que não podemos esquecer, e que ainda há antissemitismo”.

Fonte: Zenit

O PONTÍFICE NA TERRA SANTA

Bento XVI faz ressoar grito das vítimas do Holocausto em Yad Vashem
“Que os seus sofrimentos nunca sejam negados!”JERUSALÉM, segunda-feira, 11 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI exigiu que nunca se negue nem se esqueça o grito dos milhões de vítimas do Holocausto, ao visitar, na tarde desta segunda-feira, o memorial de Yad Vashem, em Jerusalém.
Ao mesmo tempo, pediu que se faça todo o possível para que não volte a se repetir uma tragédia semelhante.
No lugar que conserva urnas com as cinzas de algumas das vítimas da Shoá, o Santo Padre escutou com atenção as arrepiantes narrações de seis sobreviventes do Holocausto.
Em meio a um ambiente de recolhimento, Bento XVI visitou a “Sala da Memória”, onde estão escritos os nomes dos 22 campos de extermínio nazistas, acendeu a chama votiva e colocou uma cora de flores com as cores amarelo e branco da Santa Sé.
“Que os nomes destas vítimas não pereçam nunca! Que seus sofrimentos nunca sejam negados, diminuídos ou esquecidos!”, exclamou o pontífice.
“E que toda pessoa de boa vontade vigie para desarraigar do coração do homem tudo o que for capaz de levar a tragédias semelhantes!”, advertiu.
O Bispo de Roma assegurou que a Igreja Católica “sente profunda compaixão pelas vítimas aqui recordadas” e confirmou “o compromisso da Igreja de rezar e atuar sem descanso para assegurar que o ódio não reine jamais no coração dos homens”.
Suas palavras se tornaram comoventes quando, ao recordar estas vítimas, ele evocou toda vicissitude humana.
“Só posso imaginar a alegre expectativa dos seus pais, enquanto esperavam ansiosamente o nascimento dos seus filhos. Que nome daremos a este filho? O que será dele ou dela? Quem poderia imaginar que seriam condenados a um destino tão deplorável?”, perguntou.
Depois da pergunta fez-se um silêncio, como ele disse, “um silêncio para recordar, um silêncio para esperar”.
Na “cerimônia de comemoração” participaram o presidente do Estado de Israel, Shimon Peres, o porta-voz de Knéset (Parlamento de Israel), Reuven Rivlin, e o presidente do Conselho de Yad Vashem, o rabino Israel Meir Lau.
Antes de concluir a visita, o Papa assinou o Livro de Honra do Memorial.
Este foi o segundo discurso em Israel em que o Papa condenou o Holocausto, depois das palavras que pronunciou ao aterrissar horas antes em Tel Aviv, nas quais denunciou também, com força, as novas manifestações de antissemitismo.
Fonte: Zenit.

sábado, 9 de maio de 2009

O que é ser Mãe?

“O anjo disse: não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus.” (Lc. 1, 30-31).


Estamos vivenciando o mês de Maio, mês dedicado a todas as mães, sem distinções de raça, cor, classe social... Todas as mães são lembradas durante este mês, desde as mais idosas até as mais jovens. Ser mãe é um dom de Deus, é uma experiência do mistério da grandeza do amor divino dado a toda humanidade, em que a mulher tem a oportunidade de gerar em seu ventre uma vida, dando assim sua colaboração na construção de uma nova sociedade que surge neste exato momento, ajudando assim na concretização do Reino de Deus que se manifesta em cada vida que surge.
Como havia dito ser mãe é um dom, mas atualmente, a juventude, tem visto cair na banalidade o sentido maternal. Estamos vivendo na era do liberalismo sexual, onde pessoas se encontram muitas vezes em uma festa, mal se conhecem e já estão mantendo relações sexuais, sem pensar nas possíveis conseqüências que poderão acontecer futuramente. Mais tarde ela pode vir a ficar grávida, não por castigo divino, mas por irresponsabilidade de seus atos. Com essa falta de responsabilidade, muitas vezes o filho é abortado sem uma consciência, de que aquele ser que está começando a ser gerado, já é um inicio de uma nova vida que se forma dentro de seu ventre materno, ou então essa criança é gerada e cresce sem a presença dos pais, sendo assim uma pessoa “jogada” no mundo, isto quando os próprios avós, não assumem a responsabilidade de dar uma boa educação sócio-religiosa, a esse novo ser que nasceu, e sendo assim, já podemos até pensar o trágico futuro dessa criança em meio à nossa sociedade tão violenta e desumana.
O senso da maternidade tem se perdido com o passar do tempo, geralmente em casos como o já citado acima, onde pode haver a compreensão da gravidez como maldição divina. Mas na realidade não o é. Pois se fosse maldição, fugiríamos completamente à uma idéia de um Deus grandioso, perfeito, bom, misericordioso, compassivo e amoroso ao qual possuímos. Ser mãe é gratuidade e serviço, graça celestial.
O trecho bíblico citado, do evangelista Lucas, faz referência à anunciação do anjo Gabriel a Maria. Ela que recebeu o dom e a graça maior, que qualquer outra mulher desejaria possuir naquela época, a de ser mãe do filho de Deus. Para Maria, essa noticia no primeiro momento a deixou espantada, mas depois se prostrou a serviço do reino de Deus, acolhendo Jesus Cristo o salvador dentro de seu útero maternal. Maria passou por todas as dores, para dar luz a uma criança, mas passou tudo isto com a graça e a força de Deus.
Maria deve ser o exemplo de maternidade, para todas as outras mulheres. Exemplo de fidelidade, amor e serviço ao projeto de Deus, por isto este mês de maio é dedicado a ela, e a todas as outras mães existentes. Que este período do mês de maio que estamos vivenciando, possa ajudar a todas as mulheres e principalmente as jovens, a buscarem um sentido maior à vocação maternal, a descobrir o valor da vida que carrega dentro de si.
Neste mês convido a todas as jovens a refletirem o sentido e a essência da vida humana, para que de forma consciente passa saber que ao ficarem grávidas mesmo que por sua irresponsabilidade ou descuido, além da criança, Deus também está presente ali, no sentido único da vida, em sua essência onde nenhuma outra pessoa tem a capacidade de descobrir. Ser mãe é dom de Deus como já foi colocado, então vamos procurar vivenciar este dom, de forma intensa e repleta pelo amor generoso do Senhor da vida, em nossa realidade.




Gedeir Vieira, graduando em Filosofia e Postulante SDN, BH-MG



sexta-feira, 8 de maio de 2009

Convite muito especial - dia 16 festa na Dandara!

Amigos!No dia 16 de maio vamos fazer uma grande festa na Dandara, para receber os colaboradores, parceiros, amigos e simpatizantes desta caminhada de dignidade que percorremos juntos em mil e quinhentas famílias. A Dandara segue firme, acumulando conquistas. Derrubamos liminar, tiramos grupos e coordenação do acampamento, resistimos a despejo truculento da PM, e consolidamos uma rede de apoio de mais de 200 pessoas e entidades.Nossa idéia é juntar todo mundo lá mesmo na ocupação e para tornar tudo mais gostoso, vamos ter a presença de 6 violeiros, pra gente dançar umas modas e cirandas do jeito que aquele chão de terra batida pede. Também haverá barraquinhas, muita brincadeira principalmente com as crianças, e o Circo de Todo Mundo fará uma apresentação especial.Violeiros confirmados:PEREIRA DA VIOLA, WILSON DIAS, JOACI ORNELAS, GUSTAVO GUIMARÃES, LÁZARO MARIANO, DIMAS SOARES e muito mais.Circo de Todo Mundo, barraquinhas e brincadeiras, venda de camisetas da Dandara.Dia 16 de maio, das 15:00hs às 18:00hsAlém de tudo isto ainda estaremos nos despedindo dos compas Grazi e Corisco, do MST, que vão para a Venezuela contribuir no Instituto de Agroecologia.Esperamos todos lá!
Colabore com Dandara - adquira uma camiseta da ocupação Compas,Precisamos da sua solidariedade. São muitas demandas que aparecem a todo momento, devido ao alto número de famílias e a complexidade da organização.Agora ao contribuir com a Dandara você ganha uma camiseta da ocupação. Clique para visualizar a arte em alta resolução. Pedimos depositar na conta poupança da Caixa Economica Federal nº 204470-4 da agência 2333, op 013.Contribuição mínima de R$ 15,00 (que é o preço da camiseta).Ou ligar para (31) 8522-3029 e combinar a entrega.NOTÍCIAS DO NOSSO BLOG
Sem Casa são recebidos por Ministério Público Estadual e denunciam situação de descaso. Prefeitura diz que não negocia com integrantes das ocupações
Solidariedade de companheiros da Europa
AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALMG DISCUTE FUTURO DA OCUPAÇÃO NO CÉU AZUL
Solidariedade Já são mais de 150 assinaturas na carta de apoio à Ocupação Dandara. Veja quem já assinou e afirme seu apoio.
A Dandara precisa de você: ajude da forma como puder através do comitê de solidariedade.-- Ocupação Dandara!http://ocupacaodandara.blogspot.com
Fonte: comunicado recebido por e-mail.