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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Rio de Janeiro poderá ser candidata a sediar a Jornada Mundial da Juventude, em 2013

A cidade do Rio de Janeiro pode tornar-se candidata a sede da Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Durante discurso no lançamento do Christmas Festival, Circuito de Presépio, o governador do estado Sérgio Cabral mostrou interesse em apoiar a proposta feita pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, em conversa com o prefeito Eduardo Paes, antes da solenidade no Palácio da Cidade.
“Essa cidade não se cansa de disputar candidaturas. Dom Orani estava lá na sala do prefeito pedindo o seu apoio e o meu, e nós decidimos que vamos apoiar para que o Rio de Janeiro se torne sede da Jornada Mundial da Juventude em 2013, com a presença do Papa”, afirmou Sérgio Cabral.
Depois de fazer o discurso de abertura do Christmas Festival, dom Orani Tempesta falou que vê no evento uma oportunidade de evangelização.
“O presépio traz a mente das pessoas o mistério de Deus e esperamos que tanto ajude a todos a buscarem o evangelho, como também estimule as pessoas a fazerem o bem cada vez mais, iluminados pelo Cristo” afirmou o arcebispo.
O Christmas Festival receberá 50 presépios em tamanho natural espalhados por praças, shoppings, aeroportos do Rio de Janeiro. Tânia Lemos, organizadora do evento, explica que o evento é único no mundo. “Convidamos 15 artistas plásticos e outros já podem se inscrever através do site do Christmas Festival. Nós temos uma curadoria que é da Associação Cultural da arquidiocese do Rio de Janeiro, que com um grupo de curadores, selecionarão os outros 35 projetos, com isso estamos dando oportunidade a novos talentos” explicou à organizadora.
Responsável pela Arte Sacra na arquidiocese carioca, monsenhor José Roberto Devellard acredita que o evento ajude a valorizar o Natal como a festa do nascimento de Jesus. “Não fazemos mais do que nossa obrigação em apoiar um evento como este. O que desejamos é que Jesus Cristo seja conhecido. Esta é uma oportunidade única para que isso aconteça” disse.
Fonte: cnbb

A CORPUS CHRISTI DA JUVENTUDE

Pe Luiz Paulo Fagundes, SDN.


Na festa do Corpus Christi a juventude se sente na obrigação de estar no meio, junta às demais pessoas, unidas para fazê-la acontecer.



Em 11 de agosto de 1264, o Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ instituiu a festa de Corpus Christi (Corpo de Cristo), que acontece na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade. A festa, com sua procissão, se difundiu primeiramente na Alemanha, depois França e na Itália. Aqui, no Brasil, se tem notícia desde 1549, realizada pela primeira vez na Bahia. Agora, pode-se dizer que celebrá-la a cada ano é como que firmar uma tradição que há séculos faz parte do calendário religioso e civil do povo brasileiro.
Como sabemos a juventude adora festas, seja ela religiosa ou não. Mas no caso dessa, ela ama de paixão. Claro que tem suas razões para amá-la. Primeiramente, porque gosta de novidades e essa é cheia delas. A novidade tem seu início já nos preparativos: definição da trajetória da procissão; desenhos a elaborar para tornar o tapete hilariante; serragem para ser colorida; pó de café para ser ajuntados; casca de ovos triturada; folhas secas e verdes para recolher... A novidade está na maneira como se organiza para que tudo, na hora da passada de Jesus pelas ruas do trajeto definido, esteja na mais perfeita harmonia e concluído.
Por outro lado, a juventude gosta de estar no meio de gente, principalmente de pessoas que a faz importante, que reconhece seu valor e criatividade e que necessita de seu fazer inovador como marca própria do seu jeito de ser. Isto se dá com nitidez no decorrer da festa do Corpus Christi. A juventude é procurada e ela própria se sente na obrigação de estar no meio, junta às demais pessoas, unidas para fazer acontecer a festa. Seu espírito de animação é marca constante nos preparativos que começam bem cedo, de madrugada. Gritos, piadas nada religiosas, som alto nos fones de ouvidos, sorrisos nos lábios, olhares curiosos... fazem parte do seu eu provocante que demonstra que está ali fazendo e faz.
Desse modo, o colorido dos pós de serra e de café, das cascas dos ovos, das folhas secas e verdes se encontram num tom harmonioso nas figuras religiosas e tapete traçados no chão que enfeitam as ruas numa singeleza colossal, convidando a todos para se unirem no grande momento da passa do Cristo Eucarístico. E Ele, quando vem, traz consigo uma enorme multidão que abre alas para a sua passada. O povo todo sente de perto Jesus que nos é sinalada pelo Pão Eucarístico, e a juventude, misturada junto ao povo, se sente feliz por ter dado sua contribuição nos preparativos dos festejos e que agora canta, reza, louva, pede e caminha com Cristo que abençoa a todos com a sua presença.
Assim, a festa do Corpus de Christi proporciona a juventude participar verdadeiramente do Corpo de Cristo, ou seja, da Comunidade Serva que se coloca a serviço daqueles que precisam; da Comunidade Orante que busca forças no Transcendente para continuar firmes na Via Crucis do seu dia-a-dia; da Comunidade Unida que vive o espírito fraterno sinalizando que um mundo melhor é possível. E ela, a juventude, acredita nisso.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sydney celebrará aniversário da JMJ Com concertos e um Congresso para a Nova Evangelização

(Nieves San Martín)

SYDNEY, segunda-feira, 15 de junho de 2009 (ZENIT.org).
Sydney está-se preparando para comemorar o primeiro ano da celebração da Jornada Mundial da Juventude com vários concertos, apresentações e um Congresso para a Nova Evangelização.Em julho completa-se um ano desde que a Austrália “abriu seus braços ao mundo e deu as boas-vindas a peregrinos de todos os países para as celebrações da JMJ, indicam os organizadores das celebrações deste aniversário.
Foram dias de “multidões cantando, enormes missas ao ar livre e celebrações cheias de alegria em toda a cidade”, acrescentam.
“Muito mais sucedeu em todo o país, nas paróquias, dioceses e comunidades, pelo que –anunciam– convidamos todos a se unirem a nós nesta fabulosa série de eventos que acontecem em Sydney no mês de julho”.
Nos dias 3 e 4 de julho de 2009, se apresentará o conhecido cantor e compositor Matt Maher. Nos dias 5 a 11 de julho, será a vez de Tim Staples.
Nos dias 19 e 26 de julho, terá lugar o Congresso para a Nova Evangelização, com o título "Scene".
O Congresso, de acordo com o modelo dos congressos internacionais para a Nova Evangelização, celebrados em toda Europa nos últimos cinco anos, terá lugar em torno da catedral de Santa Maria e ao longo de todo distrito central de Sydney.
O objetivo de “Scene” é desenvolver as graças recebidas durante a JMJ de 2008 e continuar a formação dos católicos de maneira que possam empenhar-se na Nova Evangelização promovida por João Paulo II e Bento XVI.
Também estão previstos um Dia da Família, uma Expo de Vocações, evangelização nas ruas e outros pequenos eventos em toda cidade.

Fonte: Zenit

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Palestrantes de Simpósio Internacional sobre mudanças climáticas mostram cenários e desafios de combate ao aquecimento global

Foi aberto na manhã desta segunda-feira, 8, o Simpósio Internacional “Mudanças Climáticas e Justiça Social”. A primeira mesa, “Situação atual das mudanças climáticas no planeta e seus impactos sócio-ambientais”, foi coordenada pelo professor do curso de engenharia ambiental da
Universidade Católica de Brasília (UCB), Genebaldo Freire Dias.
O professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), Tércio Ambrizzi, deu início ao evento destacando os principais pontos que afetam a sociedade e o meio ambiente. Responsável pelo tema “Aspectos Globais das Mudanças Climáticas”, Ambrizzi foi categórico em frisar os dados atuais do aquecimento global. “O aquecimento global está por toda parte. Não há um país que não sinta essa mudança hoje. As temperaturas já não são as mesmas, os furacões começam a chegar no Brasil, o nível do mar sobe, tudo isso em decorrência do aquecimento global”.
Ambrizzi mencionou os últimos dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o qual revela para onde caminha o mundo em consequência da emissão de gases do efeito estufa. O professor adverte para a vulnerabilidade das populações mais pobres. “O aumento da temperatura, do nível do mar vai atingir principalmente os mais pobres. É preciso estarmos atentos a esse fato que atinge diretamente os brasileiros”.
Os cenários apresentados pelo professor da USP revelam que três dados têm contribuído para as mudanças climáticas. “O aumento da temperatura, o aumento do nível do mar e a concentração de dióxido de carbono (CO2)”. “Se esses dados continuarem a se expandir, o Brasil vai assumir uma nova identidade com impactos diretos à agricultura, e mais presença de secas e inundações nos próximos anos”.
Tércio Ambrizzi fechou sua apresentação deixando uma mensagem aos participantes do Simpósio. “Precisamos urgentemente de políticas públicas voltadas para o meio ambiente, precisamos conscientizar hoje para que tenhamos um futuro seguro. Para isso, é preciso aumentar a capacidade de ações humanitárias e desenvolver sistemas de alerta mais eficazes sobre as mudanças climáticas”.
A palestrante alemã, Katrin Vohland, deu ênfase aos “Aspectos Globais das Mudanças Climáticas”. Numa série de slides, a pesquisadora cita como principal responsável pela mudança no clima, as indústrias poluentes. Para reverter a situação, ela disse que a ciência, o governo, e a sociedade organizada devem se apoiar em cinco grande pilares de um acordo global. “Investir em pesquisa e desenvolvimento”; “Controlar o mercado de carbono”; “evitar o desflorestamento e a degradação”; “desenvolvimento sustentável” e “adaptação”.
Vohland ressaltou que só dinheiro não é suficiente para frear as mudanças climáticas. “Investimentos são necessários, mas o dinheiro não é suficiente. É preciso alimentar a produção de desenvolvimento sustentável”.Para a pesquisadora, é preciso “considerar os segmentos mais pobres da sociedade, por serem vulneráveis; vincular proteção climática à redução da pobreza e interligar políticas de desenvolvimento com sustentabilidade”.
Coletiva de ImprensaEm coletiva de imprensa, o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa; o representante da Misereor, entidade católica alemã parceira no evento, Cláudio Moser; e o professor da USP, Tércio Ambrizzi, destacaram os valores e a importância de discutir mudanças climáticas em um evento internacional.
Dom Dimas afirmou que a consciência ambiental tem crescido na Igreja. O secretário relembrou alguns dos esforços da Igreja no Brasil para tratar da temática ecológica. “Não é de hoje a preocupação da Igreja em tratar das questões ligadas a ecologia. Podemos lembrar que em 1979, a Campanha da Fraternidade refletiu a temática “Preserve o que é de todos”; em 2004 voltamos a pensar sobre o assunto com a Campanha da Fraternidade “Água, fonte de vida”, e em 2007 com a Campanha “Vida e Missão neste Chão”, enumerou.
Além das Campanhas, dom Dimas se referiu à Comissão Episcopal Especial para a Amazônia. “A Amazônia tem se tornado estratégica para a Igreja no Brasil e temos lutado para que ela seja preservada”, defendeu.
Dom Dimas ainda lembrou que durante a 46ª Assembleia Geral da CNBB, que aconteceu em Itaici, município de Indaiatuba (SP), em abril de 2008, foi decidida a criação de uma equipe multidisciplinar para representar os vários biomas brasileiros; desde então, o grupo reflete sustentabilidade e ação concreta dentro dos seguintes biomas: cerrado, pantanal, semi-árido, os pampas, a mata atlântica e a realidade urbana das grandes cidades.
Questionado pela imprensa se a partir de agora a Igreja vai consolidar oficialmente sua luta em defesa do meio ambiente, o secretário geral da CNBB afirmou que a constituição do grupo, formado desde o ano passado, tem o objetivo de se preocupar com a questão da ecologia e do meio ambiente. “Nos preocupamos com essa responsabilidade a partir do ângulo da fé. Quando nos preocupamos com o meio ambiente também nos preocupamos com a vida do planeta”.
“Acreditamos que as mudanças climáticas irão atingir as populações mais pobres do Brasil. Questões ligadas às águas, alimentação e saúde serão diretamente atingidas. Os ricos sofrerão menos com essas mudanças, por isso, é importante criar formas de adaptação a essas mudanças climáticas”, disse Cláudio Moser.
Moser citou, como momento importante do Simpósio, a discussão de formas e estratégias de mitigação. “Significa evitar que as mudanças climáticas sejam tão velozes como estão sendo projetadas. É possível evitar as mudanças climáticas a partir de várias estratégias que também serão discutidas aqui”, antecipou.
Tércio Ambrizzi advertiu para a importância da ligação que deve existir entre governo, meios de comunicação, ciência, academia e a sociedade organizada. Segundo o professor, essa ponte antecipa dados que podem evitar catástrofes no país e no mundo. “Os desastres que aconteceram no Norte e Nordeste já havia sido identificado pelos centros de meteorologia. Foi divulgado que havia grandes chances de cair muito volume de chuvas e nada foi feito. Esperou-se que caísse e ocorre o que todos nós já sabemos”.
Ambrizzi também sublinhou que a sociedade, o governo e os meios de comunicação devem estar atentos aos dados apresentados pela ciência referentes a mudanças climáticas. “Nos últimos 30 anos a temperatura da terra subiu 0,5º. O nível do mar subiu entre 1 e 2º. Se o mar sobe mais meio grau, pode ocorrer sérios danos em muitos pontos do litoral brasileiro. Se a temperatura subir, muitas regiões podem sofrer. É preciso atentar para esses números”.


Fonte: CNBB.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Desenvolvimento sustentável: um imperativo necessário

Iniciamos o mês de junho com a Semana Mundial do Meio Ambiente. Alvo de acirradas discussões hoje, as questões ambientais que enfrentamos, a começar pelo aquecimento global, têm em Al Gore, vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Bill Clinton e candidato derrotado às eleições presidenciais em 2000, um grande protagonista. Ao contrário do que pronunciou a Ciência na alvorada dos séculos XIX e XX, os recursos naturais do planeta terra não são inesgotáveis. Al Gore foi um dos primeiros a estudar em profundidade e a defender mundialmente que se a humanidade não mudasse seu ritmo de exploração, não teríamos um clima favorável, a natureza em harmonia, um lar por muito tempo. Hoje, após sérias tragédias, as palavras do norte-americano deixaram de ser encaradas como mera balela e foram aceitas a duras penas.
Ao narrar a criação do mundo o Gênesis deixa claro que ele foi criado para que o submetêssemos sim, mas não o destruíssemos; ele existe para garantir nossa sobrevivência e não para que o destruamos sob o pretexto de um desenvolvimento que deixa de ser desenvolvimento quando começa a destruir as possibilidades de existência humana no planeta.
No Brasil, a questão ambiental ainda enfrenta sérios entraves. Contudo há notável avanço. Basta considerarmos, por exemplo, os inúmeros esforços desde o final dos anos de 1960, fortalecidos nos anos 70 e 80. Neste período imperava a descrença social em relação à questão ambiental, governo militar, carência de recursos, etc. Atualmente isso mudou, porém, talvez não na proporção exigida pelas transformações climáticas que temos tido, como a tragédia de Santa Catarina (furacões e outras situações completamente atípicas no país).
Em 2003, a1ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) foi um marco importante nesta história, pois impulsionou as proposta dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente (CJs) fundada nos princípios de educação do jovem pelo jovem e uma geração aprende com a outra; envolveu estudantes das escolas de Ensino fundamental através de conferências de meio ambiente nas escolas e permitiu a articulação de várias parcerias e trabalhos na área.
Além da Conferência, têm-se outras iniciativas desenvolvidas ou apoiadas pelo Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (MMA e MEC), tais como a 2ª edição da Conferência Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente - 2005/2006-, o Programa Juventude e Meio Ambiente, a Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (REJUMA) e o Projeto Geo Juvenil Brasil, todas desenvolvidas a partir de 2003.
Um dos grandes méritos destes movimentos foi a priorização do jovem como cidadão, articulador e transformador desta realidade. Enfatizou-se o seu protagonismo a partir da educação, base de qualquer projeto transformador que se pretenda eficaz. Houve ainda o envolvimento de grande diversidade de organizações: skatistas, surfistas, agricultores, estudantes, trabalhadores, partidos políticos, movimentos sociais, religiosos, empresários,...
Iniciativas como estas reforçam o sucesso e o empenho da juventude em compreender a complexidade dos desafios atuais e propor mudanças substanciais. Também deixam claramente equivocadas as leituras que se faziam da juventude como escolarizada e de pouca consideração à diversidade de movimentos e organizações juvenis existentes. Ao contrário, “dá um show” de inovação e potencial de construção de um novo mundo. Este dinamismo fica ainda mais evidente quando lembramos o empenho com que a juventude participou dos fóruns mundiais, bem como outros eventos internacionais, nos quais marcamos presença.
Além disso, há também instrumentos legais importantes, como a Lei 6.981/81 que instituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), embora não mencione a juventude como um dos 58 de seus componentes. A Constituição Federal de 1988, art. Nº 225 estabelece igualdade de direito ao meio ambiente equilibrado, bem de uso de todos e essencial à boa qualidade de vida, devendo o poder público e a sociedade defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Ironicamente e em ligeira oposição a esta idéia, a Lei 9.795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental) estabelece que a Educação Ambiental não deve ser disciplina no ensino básico, mas trabalhada de forma transversal e que ela não restringe ao ensino formal.
Vê-se assim, que, embora tenha amparo jurídico, este se apresenta como insuficiente e ainda conta com uma séria lacuna: não oferece o apoio necessário a um dos maiores pilares desta luta: a juventude. À medida que o tempo passa, a questão vai ficando mais séria e está claro que não dá para, apenas, ficar esperando a boa vontade de nossos líderes governamentais para intervenções mais eficazes na área, mesmo porque, ao mesmo tempo que são os representantes do povo, eles também são mega empresários ou têm relações muito estreitas com estes. Isso significa que tomar as medidas necessárias significa ir contra grande parte, para não dizer todos, dos interesses de nossos principais representantes políticos. Portanto é hora de uma vez mais, mostrarmos o vigor e potencial jovem, mostrando que quando queremos, as coisas acontecem. E você, já pensou em como dar sua colaboração nesta luta?



Sugestões de filmes:
Uma verdade Inconveniente – documentário com Al Gore;
O dia Depois de Amanhã - Dirigido por Roland Emmerich (Independence Day).

Elias Soares, Postulante SDN e graduando em Filosofia-BH-MG.
eliasmmg2@yahoo.com.br

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Novidades da Jornada Mundial da Juventude Madri 2011

Entrevista a Yago de la Cierva, diretor de comunicação

Por María de la Torre

ROMA, terça-feira, 2 de junho de 2009 (ZENIT.org). A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada em agosto de 2011, prepara surpresas, que nesta entrevista começa a revelar Santiago de la Cierva, seu diretor de Comunicação
Yago, como todos o conhecem, fundador e diretor – até há pouco – da agência televisiva Rome Reports, desde 1999 é professor do famoso curso “Comunicação de crise” que ministra na Faculdade de Comunicação da Universidade Pontifícia da Santa Cruz em Roma.
Nesta entrevista concedida a Zenit, confessa que a primeira coisa que lhe veio à mente quando o cardeal Antonio Maria Rouco Varela, arcebispo de Madri, propôs-lhe esta nova missão foi: “é por que não há mais ninguém?”.
Para este profissional da comunicação, esta experiência será “uma aventura fantástica. Todo o meu cabelo ficará branco, mas vai valer a pena porque está muito no coração da Igreja e a juventude não tem muita oportunidade de dizer ‘a Igreja é minha’. Parece que é preciso dizer-lhes tudo. Não tomam a palavra, não tomam a iniciativa. E creio que este é uma grande forma de mobilizar as pessoas jovens e inclusive as que não são tão jovens”.
– O que terá de diferente a JMJ Madri 2011 com relação às anteriores?
– Yago de la Cierva: Madri 2011 não vai ter nada novo com relação às demais edições, salvo o lugar, o momento histórico, a vontade de fazê-lo bem, tudo o que leva consigo fazê-lo em um país como a Espanha, que tem dois mil anos de cristianismo e que até as pedras resumem a fé, resumem uma tradição multissecular. Isso é o que vai fazer de Madri 2011 uma Jornada Mundial muito especial.
Levando em conta que estamos na Europa, no final da Europa, mas estamos ainda na Europa, calculamos que virá mais de um milhão de pessoas. Provavelmente tentaremos chegar ao que aconteceu aqui em Roma, em 2000, mas isso não depende de nós.
Creio que o particular da JMJ em Madri será precisamente o que acontece em um país que foi sempre fiel à Igreja Católica. É um país que transmitiu a fé a muitos continentes, a maioria dos católicos do mundo fala espanhol precisamente porque foi evangelizada por espanhóis e gostaríamos de recuperar esse espírito missionário. Às vezes se pensa que os missionários eram pessoas idosas, que iam pregar fora, e não, os missionários eram pessoas de menos de 25 anos. Gostaríamos de recuperar esse espírito e apresentá-lo aos jovens de hoje.
Outra característica da Jornada Mundial de Madri serão as redes. Pela primeira vez, vamos ter uma JMJ na qual realmente o instrumento fundamental de comunicação será a internet, serão as redes sociais, não só como informação, mas também como comunicação, para criar comunidades. Em Sydney já se começou, mas creio que isso vai ser a explosão. Explosão também de novas tecnologias. Em 2011, provavelmente quase todos os que vierem terão telefones de nova geração. Será muito fácil estar em contato, receber as informações, aproveitar o telefone, os terminais, para receber as traduções das palavras do Santo Padre, as mensagens de organização etc.
– Em Sydney, os jovens receberam mensagens do Papa em seus celulares. Espera-se alguma surpresa deste tipo em Madri?
– Yago de la Cierva: Não posso me comprometer a que o Papa mande mensagens às pessoas. Vamos tentar, mas isso é algo próprio do Santo Padre. Acabamos de ver como o Santo Padre começou a utilizar o Facebook para estar em contato com os jovens e isso é somente o início. Evidentemente, não podemos pedir ao Santo Padre que esteja conectado duas horas por dia para ver se pode responder pessoalmente. Não é sua missão, ele não tem tempo e lhe pedimos outras coisas. Mas aí está o seguinte passo: que toda a Igreja Católica utilize as redes sociais como um instrumento fundamental, não só para transmitir a fé, mas para vivê-la melhor, para conhecê-la melhor, para criar comunidade. Criar redes sociais é criar grupos sociais e às vezes temos pouco tempo. E, contudo, graças às redes sociais, podemos estar em contato e praticar a fé de outro modo, mais virtual, mas também real.
– Não existe o risco de que a Jornada Mundial da Juventude se converta em três dias de festa e depois se esqueça até a próxima celebração, ou seja, que não haja continuidade?
– Yago de la Cierva: Em Madri vamos tentar seguir o exemplo de Sydney e das anteriores, pois a organização tinha presente que a Jornada Mundial não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida. E isso é muito importante, porque a JMJ no fundo não é mais que uma festa que o Santo Padre convoca para todos os jovens católicos e não católicos, cristãos e não cristãos, mas com um interesse por valores transcendentes e que queiram entrar em uma casa alheia e dizer: “Vamos ver como se vive aqui. Esta gente parece contente. Está alegre. Vive-se bem e se reza!.. Isto parece uma contradição”.
Disso se trata: a Jornada Mundial é uma festa e todos os jovens e nós, mais velhos, que organizamos a festa, sabemos que há coisas muito importantes, como o lugar, a hora, a música, o que se come... Mas o mais importante em uma festa são os convidados. Quando se acerta com os convidados, o êxito da festa está garantido. E o mesmo acontece com a JMJ. Vão ser dias de festa, sim, mas vamos tentar que haja de tudo. Que haja vida de piedade, que haja adoração eucarística, que haja catequese, que haja cultura, que haja diversão, que haja de tudo, porque os jovens, como os adultos, não podem passar 14 horas rezando. Vai haver absolutamente de tudo. Doutrina eucarística e aprendizagem da doutrina cristã; e vamos tentar que se conheça a fé através da cultura espanhola.
– Qual seria o maior desafio no âmbito comunicativo?
– Yago de la Cierva: O desafio é responder às expectativas das pessoas. E as expectativas são muito altas. Temos de chegar a três tipos de público diferentes.
Há um primeiro público composto pelos que virão à JMJ e com a comunicação temos de prepará-los para que venham ao que têm de vir, para que depois não levem nenhuma frustração, mas o contrário. E para que, uma vez que estejam lá, tudo funcione bem. Deve-se levar em conta que ainda que o espiritual seja o importante, se não receberam o que comer, se não conseguiram dormir ou tiveram de caminhar de uma maneira exagerada, o espiritual perde força.
Há um segundo público, muito importante: muitíssimos jovens que queriam vir e não poderão e acompanharão pela televisão, pelas redes, pela internet, pelo rádio... Temos de pensar também neles e para isso vamos ver como conseguimos que toda a transmissão seja capaz de fazer com que eles se sintam lá no evento.
E há um terceiro público, muito importante, que são as pessoas que nem foram, nem têm nenhum interesse por ir, mas que têm curiosidade de ver o que acontece, o que um milhão e meio de jovens faz em Madri, como vivem, para que estão lá, o que se vê em seus rostos. Perguntam-se: estão contentes? Estão alegres? Ajudam os demais? Dedicam tempo a estender a mão na paróquia, a dar de comer a um asilo de idosos ou se fantasiar de palhaços para as crianças que estão doentes?... Isso para nos é muito importante, porque é a imagem da Igreja e vamos utilizar o rosto mais belo da Igreja, que são os jovens, para explicar e falar de Jesus Cristo, que está presente nos jovens e são os jovens que nos transmitirão a fé.
– O que o senhor diria a um jovem que está hesitando em ir à JMJ de Madri?
– Yago de la Cierva: A um jovem ou a uma jovem que esteja se perguntando se “vou ou não vou”, a única coisa que podemos assegurar-lhe é que o que vai encontrar lá lhe dará muitas respostas – não todas – a interrogantes muito profundos; que vai encontrar pessoas com as quais estabelecerá vínculos que podem durar a vida toda e que ao terminar, dirão: “Que pena que foram só alguns dias!”.
– Podemos dizer que as JMJ são o evento comunicativo mais importante da Igreja?
– Yago de la Cierva: Creio que a JMJ é um evento muito importante para a comunicação da Igreja. Não sei se é o mais importante, o segundo, o terceiro, porque no fundo tudo o que tem a ver com a Igreja está falando de Jesus Cristo e da eficácia da graça, e isso não podemos medir. O importante é que a comunicação da Jornada Mundial ajude a tocar o coração de muitos jovens – e dos não tão jovens –, que a veem na televisão. Portanto, a importância está clara. É um evento organizado pelo próprio Papa – não é que ele organize muitos eventos – e também é uma oportunidade para que se conheça a Igreja Católica e para que os jovens estejam em todos os jornais, em todas as capas, revistas ou na rede. Portanto, é colocar Jesus Cristo na arena pública, sua mensagem, evidenciar a felicidade que Ele pode nos dar se seguirmos sua mensagem. Se é mais ou menos importante, dependerá de cada um. Há pessoas que terão seus corações tocados.
Fonte: Zenit.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Cruz dos jovens visita vítimas do terremoto na Itália

Embaixadora do consolo de Deus
CIDADE DO VATICANO, domingo, 31 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI enviou a Cruz da Jornada Mundial da Juventude como consolação às populações e em particular aos jovens da região de Abruzzo, flagelada pelo terremoto da noite de 6 de abril passado que provocou quase 300 vítimas.
A Cruz, levada por doze voluntários do Centro Juvenil São Lourenço da Santa Sé, como ele mesmo explicou neste meio-dia, ao rezar a oração mariana do Regina Caeli junto a milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro no Vaticano, está congregando a numerosos rapazes e moças.
“Em comunhão com os jovens daquela terra duramente golpeada pelo terremoto, pedimos a Cristo morto e ressuscitado para infundir sobre eles seu Espírito de consolação e de esperança”, disse o Papa.
A Cruz chegou neste sábado à Casa do Estudante da cidade de Áquila, onde faleceram oito pessoas, e foi recebida por jovens da cidade. Após um momento de oração, foi levada ao acampamento número 1, onde passou uma noite que começou com uma vigília de Pentecostes.
Neste domingo foi levada à Escola da Guarda de Finanças da Itália, onde o bispo do lugar, Dom Giuseppe Molinari, celebrou uma missa na qual ministrou o sacramento da Confirmação há alguns jovens. Durante o resto do dia percorreu localidades próximas com acampamentos.
Segundo o programa, o regresso da cruz a Roma está previsto para 2 de junho.
“Por que levar a Cruz à cidade de Áquila?”, pergunta o organizador da iniciativa, o Pe. Eric Jacquinet, responsável da seção Jovens do Conselho Pontifício para os Leigos.
“A peregrinação contínua da Cruz da Jornada Mundial da Juventude é verdadeiramente um manancial de graça imensa”, responde, recordando que este símbolo por excelência do cristianismo percorre o mundo desde que João Paulo II a entregou em 22 de abril de 1984 aos jovens após o Ano Santo da Redenção.
“Muitas são as pessoas que sofrem e que a seus pés encontraram consolo e paz. Muitos foram os que tocaram, graças a ela, no mistério de Deus revelado em Cristo. Muitos ficaram tocados pela misericórdia de Cristo pelos pecadores e encontraram a força para pedir o batismo ou o sacramento da reconciliação. Muitas foram as vocações ao sacerdócio e a vida consagrada que surgiram aos pés desta Cruz”, escreve o sacerdote francês.
A Cruz percorrerá a Espanha antes que seja celebrada a Jornada Mundial da Juventude em Madri, em agosto de 2011.

Fonte: Zenit.