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terça-feira, 29 de setembro de 2009

MEIOS DE COMUNICAÇÃO E JUVENTUDE, PARCEIROS QUE DERAM CERTO

Pe. João Lúcio Gomes Benfica, SDN

O jovem é um divisor de sonhos. Um “quebrador” de regras. Um sonhador diferente. Ele sempre se demonstra ansioso por coisas atraentes. O novo encontra no jovem um espaço de existência e ressonância. Não falta a ele coragem, disposição e tempo para abraçar uma coisa interessante, diferente. Os movimentos juvenis em favor da nova ordem política mudaram o sistema de eleição no país. A criatividade e a modernização dos equipamentos eletrônicos atingiram o jovem de cheio. O eletrônico ganhou a juventude, mudou seus hábitos!
Os meios de comunicação ficaram mais animados. Manusear um aparelho eletrônico é excitante, dá prazer. A mudança de tela e a movimentação rápida de imagens proporcionam à pessoa um sentimento de poder e saber. É curioso! Quanto mais a pessoa procura novidades, mais quer encontrá-las. Isto segura uma pessoa horas e horas diante de uma boa mídia. A faz esquecer do tempo, das coisas a fazer...
O mundo e as pessoas ficaram mais perto entre si, sem saírem de seus lugares. A distância é uma questão somente geográfica.
Aproveitar esse meio eletrônico para enviar uma mensagem capaz de construir é tarefa primordial de quem acredita em Deus; quando Jesus disse, ao final do evangelho de Mateus, “Ide e anunciai o evangelho até os confins da terra...” (Mt 28,19s), certamente, ele estava dizendo que seria necessário anunciar o evangelho por todos os meios ao alcance dos discípulos. Como ir até aos confins da terra sem se servir hoje dos meios de comunicação? A Igreja Católica em cada ambiente, cidade e lugarejo onde se encontra precisa usar os meios de comunicação existente e anunciar por eles o evangelho, a Boa Nova de Jesus Cristo!
Sem dúvida, há preocupações nesse movimento, neste novo modo de anunciar a Palavra de DEUS.
Uma mistura de estaticidade e mobilidade dispersam o jovem do seu habitat real para uma realidade virtual. Neste contexto, como evangelizar os jovens?
Aproveitar os meios tecnológicos avançados e hospedar um conteúdo catequético disponível ao jovem deve ser a preocupação da igreja hoje. Para isto, é necessário investir numa boa equipe de produção que cuide da produção mesmo, do conteúdo e da sua forma de apresentação. Pois não basta só depositar um punhado de conteúdo evangelizador que vai interessar o jovem. É preciso uma forma dinâmica de apresentação que seja atraente.
Os meios de comunicação mudaram o comportamento das pessoas e os jovens são os principais sujeitos dessa mudança. A Igreja deve encontrar nos meios de comunicação uma das suas formas de evangelizar.
Eu acredito que a mídia, sobretudo a internet, é um novo espaço de missão para os grupos de jovens. Poderíamos chamar de, um espaço para a PJnet, Pastoral da Juventude da internet. Uma novidade pouco explorada ainda. O jovem internauta pode fazer uma experiência de encontro com Jesus Cristo através da mídia, sem perder a dimensão sagrada desse encontro. Isto exige um zelo pastoral dos monitores/catequistas desse meio. Uma boa mensagem cristã colocada à disposição dos jovens os ajudará a cultivar uma mentalidade cristã e um autêntico comportamento de cristão. Ainda, promoverá o jovem para uma convivência fraterna. Ele poderá ser um missionário, repassando as mensagens evangelizadoras à sua comunidade virtual, gerando uma rede de jovens discípulos e evangelizadores, como propõe o documento de Aparecida.
A utilização planejada de mídias como rádio, televisão, celular (Torpedo e SMS) e internet na evangelização podem tornar as ações da Igreja em favor dos jovens, mais eficientes. O importante não é a simples criação de novas tecnologias, mas sim como cada uma pode contribuir para a formação humana e cristã da pessoa. A evangelização hoje pode ser disponibilizada de várias formas, através de rádios, revistas, jornais, internet, TV, TV a cabo, etc., e vai atingir o coração dos jovens que estão nesses meios.
A internet está explodindo como a mídia mais promissora desde a implantação da televisão. É a mídia mais aberta, descentralizada, popular e, por isso mesmo, mais ameaçadora para os grupos políticos e econômicos hegemônicos. A Igreja não pode ficar distante desse meio. Precisa fazer da mídia seu novo campo missionário. A juventude está na mídia e é ali que a igreja vai encontrar a maioria dos jovens e adolescentes.
Uma das expressões claras de democratização digital se manifesta na possibilidade de acesso à internet e em dominar o instrumental teórico para explorar todas as suas potencialidades. O jovem sabe disto e muitos já formaram suas comunidades de relacionamento. O desafio agora, para a Igreja, é oferecer conteúdo evangelizador e atraente que mostra o verdadeiro rosto e missão de Jesus Cristo como nosso Salvador e que possa ser repassado na rede para os jovens e pelos jovens. “Jovens evangelizando jovens” como discípulos e missionários de Jesus cristo, através dos meios de comunicação.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Juventude e Educação

Maílson de Almeida OFM, graduando em Filosofia – BH-MG.
girumadofm@yahoo.com.br

Parece ser do conhecimento de todos, o quanto a realidade social brasileira está marcada pela exclusão, gasta pela miséria, fraturada pela concentração de riquezas, escravizada pela tecnocracia, desesperançada pelo desemprego, imobilizada pelo poder econômico.
Avaliando este cenário social de tantos desencontros que se fortalece a idéia de que não haverá equilíbrio social possível, não haverá distribuição de renda viável, não haverá dignidade humana palpável, não haverá democracia estável e nem desenvolvimento que seja sustentável fora do âmbito educacional.
Sob esse aspecto, a juventude tem um papel de suma importância a cumprir: de ser protagonista na educação. Alguém já se perguntou que tipo de educação nossos jovens estão tendo? Será a educação do acomodado, da resignação, da rotina, do descompromisso? Ou da reflexão, da ética, da afirmação, do agir, do fazer?
Pois é, segundo pesquisas a juventude brasileira está cada vez mais distante de uma educação de qualidade, de uma educação prioritária. Muitos fatores levam a isso, como por exemplo, o de ordem social. A pobreza é o fator que obriga os jovens a ingressar precocemente no mercado de trabalho, afastando-o da escola. Alguns ainda tentam conciliar o horário escolar com as atividades profissionais e acabam sobrecarregados com a grande responsabilidade. A maioria dos jovens que se encontram nessa situação, trabalha em período integral e reserva o horário noturno para os estudos.
Isso mostra que, no Brasil, a possibilidade de que a educação seja um instrumento para atingir níveis mais elevados de desenvolvimento econômico e bem-estar social, está seriamente comprometida.
Não percamos a esperança, e nesse sentido é fundamental que os segmentos sociais de vanguarda entre os quais a Universidade assume papel de natural relevância, pressionem para que a retórica de uma Educação importante ceda espaço para uma Educação que atinja todos.
Portanto, a juventude brasileira não deve ser vista apenas como máquinas para o mercado de trabalho, muitas vezes tecnicista, mas como modelo na construção de uma nova sociedade.

Um buraco no telhado da casa

Edimar Antônio, postulante SDN e graduando em filosofia BH.- MG.
edimarsdn@yahoo.com.br

No dia 16 de setembro comemora-se o dia Internacional de Proteção à Camada de Ozônio. Essa data foi concebida em decorrência de pesquisas e estudos realizados na década de 1970, quando constatou-se a diminuição considerável do gás ozônio presente na atmosfera, o que propiciou uma maior incidência de raios ultravioletas na Terra. Tal fenômeno tornou-se responsável por doenças, inclusive cancerígenas, e crises na produção agrícola.
A camada de ozônio é uma espécie de proteção natural que envolve o nosso planeta, preservando-nos dos raios solares de intensidade mais elevada. Devido, no entanto, ao constante lançamento de gás carbônico e CFCs (clorofluorcarbonos) no espaço, emitido por veículos e indústrias, esta camada foi sendo corroída até formar um buraco assustador, visível em fotos de satélites, conhecida por “buraco negro”, por onde passam raios nocivos à saúde humana e que ameaça a vida. Espalhou-se, por sua causa, pouco rendimento nas regiões agrícolas e doenças como a catarata, a depressão do sistema imunológico e, especialmente, o câncer de pele, doença das que mais matam em todo o mundo atualmente.
A comemoração desta data é pensada como meio de debates, reflexões e atitudes a serem tomadas frente à crescente destruição, em cuja raiz está o próprio homem contra si mesmo e ao seu habitat. Todos os anos a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA) realiza seminários para discutir essa temática, buscando a conscientização de todos, tão necessária, revendo a nossa contribuição ambiental para a diminuição do buraco na camada de ozônio. Como gesto concreto, as empresas privadas são advertidas e orientadas no sentido de não se utilizarem de gases destrutivos como os CFCs, liberados pelos sistemas de refrigeração industrial.
Os debates, acompanhados de compromissos feitos, têm rendido bons resultados e projeções animadoras. Porém, como os gases liberados demoram cerca de 15 anos para chegar à camada de ozônio, muitos erros do passado serão sentidos, literalmente, na pele, pelos próximos anos.
A contribuição que se espera de nós para essa data e a partir dela, diz respeito a um novo olhar lançado ao mundo, em vista da nossa escolha incondicional pela vida. Se entendemos a Camada de Ozônio como um “escudo” de proteção contra os raios nocivos ao ecossistema, devemos lutar para preservá-la. Colocar-se em posição de defesa pela vida não é fácil, já que depende das convicções que nos retiram do comodismo e nos colocam em situação de conscientização e revolução, uma vez concebidos interiormente tais agentes de mudança, sem os quais não pode haver luta.
Em linhas gerais, o ato de lutar pressupõe o interesse, a predisposição, o diálogo e a partilha de idéias referentes a esta questão: como agir frente à emissão de gases poluentes para contribuir com um planeta mais saudável? Dificilmente uma tarefa dessa dimensão poderá obter respostas práticas e satisfatórias sem uma devida participação coletiva e processual. Isso significa que todo o esforço para o problema deve se dar pelo incentivo sócio-comunitário, pela interação de famílias e grupos associados, pautando-se pela questão ambiental. Além de se tornar essa luta não apenas um compromisso de cidadania ou um problema a mais a ser resolvido, tratamo-la, como um novo jeito de ser, um modo como estabelecemos o nosso proceder.
Concluindo essas reflexões, tomo a liberdade de ilustrar aos leitores uma imagem bastante simples, mas que aqui interessa e creio ser válida. Imaginemos que a nossa casa está sendo destruída aos poucos, como se estivéssemos liberando fumaças, durante anos seguidos, contra o telhado frágil e que não pode ser reformado devido à estrutura complexa da casa. Evidente que a causa dessa fumaça deva ser por boa intenção, como um churrasco entre amigos. Porém, será mesmo interessante realizar um bem supérfluo e momentâneo (um churrasco), a desprezar um bem vital e duradouro (a proteção da casa)? Por que então não procurar outro ambiente para tais diversões que não prejudiquem a moradia que se possui?
Para a realização de nossas atividades, façamos o uso de novas alternativas que sejam ecologicamente corretas. Esse é um compromisso de todos nós!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Grito dos Excluídos 2009: o som das vozes esquecidas do novo mundo

Elias Soares, graduando em Filosofia e Postulante SDN, BH-MG.

O grito define-se como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, chamando a atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Este ano será realizado o 14ª Grito dos Excluídos, cujo lema é “Vida em primeiro lugar, direitos e participação popular”. Trata-se de uma manifestação repleta de simbolismo e intensa participação dos mais diversos grupos sociais, revelando a face dos sofredores de nossa sociedade, e daqueles que acreditam no potencial humano de construir uma sociedade mais humana. A agitação não deixa de ser parte integrante, bem como o ar de denúncia e abertura às diversidades, sejam elas religiosas, sociais, juventudes e pessoas não ligadas a nenhuma instituição, senão à própria causa da humanidade e dignidade do excluído. O movimento constitui-se de diversas atividades: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos em todo o território brasileiro.
O grito dos excluídos, em seu aspecto de denúncia, tem por missão trazer à tona as perversidades do modelo econômico e político atual que centraliza a riqueza nas mãos de alguns e condena milhões a uma vida desumana, deixada à margem da sociedade sem vez nem voz, e vivendo à própria sorte, às migalhas. Estas, oferecidas graças a interesses políticos que usam do assistencialismo para alcançar a aprovação daqueles que as recebem e, assim, se perpetuarem no poder. Claro que há muitas pessoas bem intencionadas neste grupo dos que ajudam os excluídos a terem uma vida mais digna, através de ONGs e outras organizações. Contudo não podemos levar gato por lebre. É preciso identificar e tomar as posturas necessárias diante daqueles que fazem do serviço social e atendimento aos excluídos, usando os que sofrem e suas necessidades, como mero trampolim para atender seus interesses. É nesse contexto que se fortalece e se legitima a voz daqueles que denunciam tal realidade, trazendo à sociedade a lembrança da responsabilidade de todos na construção de um mundo melhor. Outro sentido do grito é trazer a público, nas ruas e praças, e todos os lugares, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria, da fome.
Quantos irmãos, jovens com sua idade, amigo leitor, não está neste momento se drogando, procurando desesperadamente uma forma de sobreviver neste sistema? Muitas vezes condenamos a droga ou a violência em decorrência de assaltos e tantas outras maneiras de praticá-la, como nos lembrou o texto base da Campanha da Fraternidade deste ano, mas nos esquecemos das motivações que levou jovens de bem a se enveredar por tal caminho. Claro, não se trata de justificar a violência, mas de identificar e transformar suas causas. Estes jovens também são perversamente excluídos e o pior é que muitas vezes sequer dão conta de que o são, quanto mais tomar alguma decisão para mudar a própria situação.
Neste sentido, chegamos ao terceiro e último sentido do grito: apontar caminhos e alternativas sadias ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos/as os cidadãos/ãs que participaram, mesmo que passivamente da criação deste, e o sustentam. E aqui não adianta fugir dizendo que não faz coisa alguma para contribuir com este sistema, pois até a indiferença é uma contribuição, pois deixa ainda mais livre e fácil o caminho daqueles que desejam explorar das mais diversas formas e cada vez mais, aqueles que tanto sofrem, visando o lucro, nada mais.
Todas as juventudes brasileiras têm encontrado no grito espaço aberto e propício à manifestação de nossas inquietações e dores, cuja profundidade passa despercebida ao olhar da maior parte da sociedade. Resultado disso é o crescente número dos excluídos vivendo sub-humanamente nas ruas e praças brasileiras. Nestes locais também encontramos com cada vez mais freqüência o rosto juvenil despersonificado, pela dor que lhe é imposta pelo sofrimento, a solidão, as conseqüências das drogas, a violência da rua,... Portanto, você amigo leitor, jovem companheiro de caminhada nesta geração que vivenciamos juntos. Se você se identifica com a proposta social transformadora do Grito, junte se a nós e siga em frente, vá lá! Força e coragem! Esta é a oportunidade de mostrar ao mundo teu rosto e construir uma sociedade segundo os valores do Evangelho, os únicos capazes de promover realmente vida em abundância a todos. Um mundo em que as oportunidades sejam iguais para todos, sem perder de vista as necessidades e diferentes possibilidades de acesso a estas oportunidades.
Se você não se identifica, calma! Tente abrir mão de suas reservas por um instante, procure conhecer melhor as pessoas e realidades que alimenta este movimento, sem se deixar levar pelos preconceitos dos que querem o fim destas manifestações. Procure adentrar nesta realidade e ver, na sua escola, bairro, comunidade, como se engajar, descobrir o que você pode fazer para que pessoas, hoje excluídas do direito mínimo de uma vida digna, tenham preservado este direito, como você o tem. No mais, um grande abraço e muita paz e coragem na caminhada diária da vida!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Universidade no Rio de Janeiro acolherá Congresso de Bioética

em 02/09/2009

Acontecerá na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), de 18 a 20 deste mês, um Congresso de Bioética, com o tema “Demografia e Segurança Pública”, organizado pela Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

De acordo com os organizadores do Congresso, o objetivo do evento é despertar a consciência da composição sócio-demográ­fica da população e também a partir da dinâmica em “educar para a vida em fraternidade, justiça e amor, exigência central do Evangelho”.
Outras informações poderão ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: (www.cnpf.org.br).
Fonte: CNBB

Mestre, onde moras?Venham, e vocês verão!

Frt. Rodrigo Ferreira da Costa, SDN
rodrigolajinha@ yahoo.com.br

Quem procura encontra. Para quem bate, a Porta será aberta. Aproveitem enquanto o Senhor está perto e se deixa encontrar. (cf. Is 55, 6). O horizonte humano é uma longa trajetória que fazemos, na maioria das vezes, por vias escuras, sinuosas... É uma viagem nas asas da história marcada com freqüência de novidades inesperadas. A única certeza que nos assegura é “a esperança de sermos amados, perdoados e esperados por um Amor sem limites”. (Bento XVI).
Os discípulos de João Batista, encantados com as palavras que ouviram acerca de Jesus, saem à procura daquele Homem que revelava algo de diferente. A paixão destes discípulos por Jesus é tão forte que eles o seguem sem nem mesmo saber quem realmente era este homem. Os jovens, quando atraídos por uma paixão semelhante, são capazes de deixar tudo para realizar o seu anseio, sua paixão.
Nota-se que na dinâmica do seguimento a Jesus Cristo somos despertados por uma grande paixão. É, pois, atraídos pela pessoa de Jesus, seduzidos por seu Amor sem limites, que saímos a procurar o Mestre dos mestres. Ademais, a experiência de que Deus nos ama em Jesus Cristo é tão singular e evidente que nos deixamos possuir por este amor e a ele respondemos com a doação total de nossa vida. Este é o sentido maior da vocação cristã.
Com o seu jeito criativo, questionador, curioso, sedento do novo... o jovem é capaz de fazer opções radicais, desde que esta dê sentido à sua existência. E, como nos revela o apóstolo Pedro, “Cristo é a razão da nossa esperança” (1 Pd 3, 15). Somente Ele poderá dar o verdadeiro sentido à existência humana. Haja visto que é o próprio Cristo que nos chama para conhecer a sua morada (projeto), ouvir a sua Palavra de salvação e permanecer com Ele participando da sua missão. O que é que vocês estão procurando?Mestre, onde moras?Venham, e vocês verão. (cf. Jo 1, 39).
Na América Latina, diferentemente da Europa, a maioria da população está formada por jovens. Assim, cabe-lhes a vocação de serem amigos de Cristo, vanguardas de um novo amanhã, artífices da cultura paz e do amor. Contemplando o mistério Pascal de Cristo, celebrado em cada Eucaristia, somos interpelados pelo próprio Deus a fazermos da nossa vida uma “oferenda perfeita” pela salvação do mundo. É, portanto, diante do ALTAR que compreendemos a beleza da nossa vocação: vida doada, existência para os outros.
A adesão a Jesus é, ante de tudo, fruto de uma atração, de uma experiência de sentir-se cativado, amado, apaixonado pelo Mestre e a sua mensagem. O que está em evidência, no itinerário vocacional, é o “estar com o Amado, único bem necessário” (Lc 10, 42) e, se para estar-com-Ele exige sacrifício, renúncias, isso não será empecilho. Pois experiência de gratidão vivida ao lado de Jesus, leva-nos a perceber que a Pérola que encontramos (Jesus e seu projeto de vida) é de tanto valor que tudo mais se torna secundário. (cf. Mt 13,44-46).
Observa-se que a experiência do amor gratuito do Senhor que, entrando em nossa vida, olhou-nos e nos amou e depois nos chamou e nos disse: “segui-me” (cf. Mc 10,21) é a raiz de toda vocação. Mergulhando, pois, no mistério profundo da nossa fé [Eucaristia] podemos compreender o sentido maior de doar-se a si mesmo em prol do Reino de Deus. Aquele que nos chamou é fiel e nos amou antes de tudo. Nossa vocação é uma resposta ao seu amor.
Impulsionada pelo fascino do rosto jovem e acolhedor de Jesus, muitos jovens continuam sensível a sua proposta de segui-Lo. E, como os seus discípulos, continuam perguntando: “Mestre, onde moras?” A resposta de Jesus continua a mesma: “Vem, e vocês verão!”
Então, jovem! Já parou para pensar no projeto de vida que o Senhor tem para você. A atração por Jesus inquieta o seu coração e você procura respostas... você tem curiosidade para conhecer a Pessoa de Jesus, em saber onde Ele mora..., conviver com Ele e compartilhar da sua missão...? Venha ser um Missionário Sacramentino de Nossa Senhora!Venha conosco colaborar na construção do Reino eucarístico de Cristo!