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quinta-feira, 2 de julho de 2009

PROJETO JUVENTUDES E NOVAS GERAÇÕES


André da S. Queiroz, noviço da Congregação dos Missionários Sacramentinos de N. Senhora.

A Igreja tem buscado ficar de olhos atentos em nossa juventude, pois está mais que claro que eles nos escapam, a nossa palavra ainda não é o bastante para cativá-los. Será isso mesmo ou é o nosso testemunho que não convence que verdadeiramente é Cristo a nossa grande meta? Frente a essa realidade é preciso acordar, se esforçar o máximo para dar uma resposta plausível.
Não é novidade para ninguém o grande desafio que a ação pastoral encontra para dinamizar o trabalho com os jovens. São agentes de pastoral agindo inadequadamente com aqueles (as) que vão chegando à comunidade de fé. É visível uma imensa carência de “traquejo” na conquista das pessoas que vão se aproximando da vida eclesial, sobretudo quando se trata de jovens.
Os agentes pastorais mencionados aqui incluem um número relevante de pessoas que assumem atividades distintas na comunidade, como lideres de comunidade, de Pastorais, movimentos, padres, Irmãs... são pessoas que deveriam cativar o/a jovem com o testemunho de um grande amor pelo Cristo libertador. Como Igreja, povo de Deus somos chamados a essa missão, tenhamos cargos ou não na comunidade. Entretanto, às vezes não conseguimos conciliar todo esse vigor e vontade que o jovem tem de contribuir, com seu jeito próprio de ser, com o projeto do Reino.
Não se trata aqui de observação leviana acerca das carências da nossa ação pastoral, trata-se de um lembrete para aquilo que já estamos saturados de ouvir. No bojo dessa circunstância indesejável se encontra uma grande esperança, vista apenas por aqueles que carregam no coração a esperança. Trata-se das iniciativas que a Igreja vem tomando. Basta pensarmos na ação da CRB em eleger como sua quinta prioridade o projeto juventudes, já conhecido por nós.
Esse projeto quer abordar não só os jovens do ambiente eclesial, mas, sobretudo os que vivem fora do âmbito eclesial, por essa razão o termo juventudes. Nesse esforço, a vida religiosa consagrada busca se aproximar dos jovens, encurtando os laços, acolhendo as juventudes com todos seus sonhos e dinamismo.
Juventudes e novas gerações é um passo de esperança para a Igreja. São novas gerações de consagradas e consagrados. Esse novo não se refere a uma cronologia biológica, mas no sentido de um reavivamento dos sonhos, das ousadias no anúncio. Um acordar para os sinais dos tempos, apostando no algo a mais que cada um pode dar para uma Igreja mais viva e atuante, imbuídos do Espírito missionário de Cristo! Querendo acertar na dinâmica do seguimento, trabalhando com os/as jovens que gritam por atenção.
Gostaríamos de recordar que no primeiro semestre deste ano realizou-se o I fórum Inter-regional Sudeste Novas gerações e Juventudes na regional Belo Horizonte. O momento foi propício para se perceber que ainda há muita esperança na vida religiosa e em nossos/as jovens. Em uma só voz tivemos o eco das vozes de jovens engajados e a voz de consagradas/os de todas as idades vindos/as do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Todos enfatizando a necessidade de um olhar mais atento sobre as juventudes. Foi um grande sinal de esperança. A Igreja se revigorará cada vez mais na medida que cada um/a se assumir Igreja, abertos ao diálogo com as mais inesperadas realidades. Um novo coração, uma nova geração reencantado pelo anúncio e vivência da Boa Notícia de Jesus.
Somos cordialmente convidados/as a entrar nessa “ciranda”, fazendo novos e atualizados os nossos sonhos, em vista das novas exigências do apostolado. Os jovens estão por aí, nos diversos palcos da vida, compondo as nossas juventudes que quer ser cidadã, quer ter condições para sonhar... É junto deles que o Bom Pastor nos convida a se caminhar e dizer: Levanta-se, pegue sua cama e ande (João 5, 8). Vamos caminhar juntos pelo mundo, sendo discípulos/as e missionários/as de Jesus?

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