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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Juventude e Educação

Maílson de Almeida OFM, graduando em Filosofia – BH-MG.
girumadofm@yahoo.com.br

Parece ser do conhecimento de todos, o quanto a realidade social brasileira está marcada pela exclusão, gasta pela miséria, fraturada pela concentração de riquezas, escravizada pela tecnocracia, desesperançada pelo desemprego, imobilizada pelo poder econômico.
Avaliando este cenário social de tantos desencontros que se fortalece a idéia de que não haverá equilíbrio social possível, não haverá distribuição de renda viável, não haverá dignidade humana palpável, não haverá democracia estável e nem desenvolvimento que seja sustentável fora do âmbito educacional.
Sob esse aspecto, a juventude tem um papel de suma importância a cumprir: de ser protagonista na educação. Alguém já se perguntou que tipo de educação nossos jovens estão tendo? Será a educação do acomodado, da resignação, da rotina, do descompromisso? Ou da reflexão, da ética, da afirmação, do agir, do fazer?
Pois é, segundo pesquisas a juventude brasileira está cada vez mais distante de uma educação de qualidade, de uma educação prioritária. Muitos fatores levam a isso, como por exemplo, o de ordem social. A pobreza é o fator que obriga os jovens a ingressar precocemente no mercado de trabalho, afastando-o da escola. Alguns ainda tentam conciliar o horário escolar com as atividades profissionais e acabam sobrecarregados com a grande responsabilidade. A maioria dos jovens que se encontram nessa situação, trabalha em período integral e reserva o horário noturno para os estudos.
Isso mostra que, no Brasil, a possibilidade de que a educação seja um instrumento para atingir níveis mais elevados de desenvolvimento econômico e bem-estar social, está seriamente comprometida.
Não percamos a esperança, e nesse sentido é fundamental que os segmentos sociais de vanguarda entre os quais a Universidade assume papel de natural relevância, pressionem para que a retórica de uma Educação importante ceda espaço para uma Educação que atinja todos.
Portanto, a juventude brasileira não deve ser vista apenas como máquinas para o mercado de trabalho, muitas vezes tecnicista, mas como modelo na construção de uma nova sociedade.

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