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sábado, 30 de maio de 2009

Incentivar a capacidade crítica dos jovens, pede cardeal

Arquidiocese de São Paulo discutiu novas tecnologias
SÃO PAULO, quinta-feira, 29 de maio de 2009 (ZENIT.org).
O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, afirmou que se deve incentivar o potencial de discernimento dos jovens, para que eles tenham critério na hora de utilizar as novas tecnologias.
“Os jovens, no fundo, têm uma capacidade de autocrítica, de bom senso e não são tão manipuláveis como máquinas”, afirmou o cardeal, durante mesa-redonda realizada no dia 23 de maio no Colégio Marista Arquidiocesano, em comemoração do Dia Mundial das Comunicações Sociais (24 de maio).
“Todos, Igreja e educadores, devem despertar e incentivar a capacidade critica dos jovens para que eles possam discernir sobre os mecanismos de manipulação, de imposição de determinadas ideologias”, explicou Dom Odilo, segundo informa a CNBB.
Na mesa-redonda sobre as novas relações surgidas especialmente por meio da internet, participaram também a professora do Departamento de Antropologia da PUC-SP Sílvia Helena Simões Borelli e o professor, doutor e jornalista do jornal O Estado de São Paulo Carlos Alberto Di Franco.
A professora Silvia Borelli destacou a “capacidade de simultaneidade” dos jovens, algo que os adultos não têm com a mesma facilidade, pois “foram educados para realizar tarefas por alternância”.
Os jovens podem, ao mesmo tempo, “estar lendo algo na internet, falando ao celular, assistindo à televisão e ouvindo música. Esse é um detalhe que os adultos precisam estudar para lidar com a juventude”.
A professora apontou ainda que as novas tecnologias estão produzindo “novos excluídos, as antigas gerações que por não saberem operar as novas tecnologias são alijadas das novas relações” afirmou.
Já o jornalista Carlos Alberto Di Franco destacou que a tecnologia pode trazer grandes benefícios para a sociedade, mas também pode ser uma arma contra a cidadania e a democracia.
“A internet é um notável canal de democratização do conhecimento, pois, hoje, qualquer um pode acessar as bibliotecas dos grandes países, pode interagir, conversar com pessoas do mundo da ciência e da cultura, da música, por exemplo”, disse.
No entanto, “pode ser uma via quase impune para disseminação da pornografia, do racismo, da violência, do ódio. Não existe uma legislação que puna esses crimes”, afirmou Di Franco.

Fonte: Zenit.

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