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quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Juventude e os Movimentos Sociais

Fazer uma análise da participação ou não participação da juventude em movimentos sociais é adentrar em um campo de inúmeras nuanças. Portanto, queremos aqui demonstrar um pouco da importância da participação juvenil no corpo da sociedade.
Assim, se torna importante, antes de tudo, definir categorias sociais, estas são as que se mobilizam e se interessam por determinada causa e a partir daí se movimentam em prol da articulação de seus objetivos. Algumas mobilizações sociais têm caráter mais geral, enquanto outras são mais especificas, exemplificando, no caráter mais geral a mobilização pela conservação do meio ambiente, em caráter mais especifico a mobilização da sociedade para conseguir benefícios para determinado bairro.
Diante desta constatação, como a juventude se insere nesta luta? Falar da categoria juventude é falar, ao mesmo tempo, de uma categoria que apresenta certas especificidades. Pois, encontra-se em uma idade transitória. Pessoas que são de determinada etnia, dificilmente mudam desta categoria social, mas a juventude tem prazo pré-determinado, ou seja, seu tempo é relativamente curto. Não obstante, que sempre há jovens na sociedade, mas jovens estes que se inserem no grupo e jovens que saem deste grupo, assim o grupo encontra-se em permanente mudança de pessoas.
Talvez, por esta permanente mudança é que os jovens se mostram, particularmente, mais suscetíveis a participações na vida social, ou ainda por estarem a procura de uma auto-afirmação na sociedade.
Por isso, é visível a participação juvenil nos movimentos sociais. Pode se enumerar muitas lutas sociais aos quais os jovens historicamente se embrenharam para melhorar uma realidade.
Não é necessário ir muito longe, lembremo-nos das Pastorais da Juventude do Brasil (PJ – Pastoral da Juventude-, PJR- Pastoral da Juventude Rural-, PJMP- Pastoral da Juventude do Meio Popular- e PJE- Pastoral da Juventude Estudantil-); dos caras pintadas que foram as ruas; do período de ditadura, momento em que os jovens assumiram uma posição critica em relação ao momento histórico e se uniram para que a mudança social fosse possível acontecer; ou ainda, das siglas JAC (Juventude Agrária Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica), JIC (Juventude Institucional Católica), JOC (Juventude Operária Católica) e JUC (Juventude Universitária Católica), que foram tão importantes na construção de uma imagem juvenil na sociedade; se adentrarmos ainda mais na história, teremos a movimentação da UNE (União Nacional dos Estudantes), ou ainda no período da escravidão, tomamos como exemplo, o poeta Castro Alves que morreu em 1871, com 24 anos, e escrevendo a favor da luta pela libertação dos escravos.
Desta forma, os jovens sempre estiveram presentes em muitos momentos políticos/históricos importantes, mostrando sua cara e sua voz. E hoje, se faz ainda mais necessário que a juventude se torne protagonista de sua história - como a juventude de outrora - e esteja atenta ao que assola o país e passe a lutar por um mundo mais digno. E a luta para um mundo mais digno se fundamenta na união dos jovens, em busca de uma política mais inclusiva que valorize o ser humano como cidadão.
Assim sendo, nós jovens, somos chamados a sairmos de nossa comodidade e a passarmos a nos indignarmos frente às injustiças sociais, e a nos mobilizarmos em prol de um mundo mais humano e harmonioso, mundo este, que reine a paz e a fraternidade.



Davi Duarte, Postulante SDN, graduando em Filosofia, BH-MG.
dvi1985@gmail.com

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